Pós-fácil - Filosofia Floresta para uma Escola de Arte
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.293-320Palavras-chave:
escola de arte, antropofagia, conexões improváveis, florestaResumo
Este ensaio de uma filosofia floresta propõe como prospecção a reconfiguração de valores que realimentam o fenômeno humano tão ameaçado pela globalização capitalista em jogo. O que se percebe, na mesma medida deste desmonte do bem comum da esfera pública, é a emergência de linhas de forças intuitivas agindo como resistências pragmáticas e ressonâncias ancestrais que compõem uma rede de práticas coletivas decoloniais de desobediências e estados de “descoberta-invenção”, constituindo uma gênese de processos de afetividades e conectividades experimentais. Desde “Devolver a Terra a Terra” de Hélio Oiticica à “alegria” em Graça Aranha e Oswald de Andrade, tem-se a floresta como horizonte de “conexões improváveis” livres. A partir de Guilherme Vaz, a intuição, comunhão, alegria e dádiva são tomadas como ecos da antropofagia do lugar escola-devir floresta da arte como “acontecimento da conectividade que dá sentido à existência, retornando ao mundo um novo mundo quando está conectado.”Downloads
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