Pós-fácil - Filosofia Floresta para uma Escola de Arte

Autores/as

  • Luiz Guilherme Vergara Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.293-320

Palabras clave:

escola de arte, antropofagia, conexões improváveis, floresta

Resumen

Este ensaio de uma filosofia floresta propõe como prospecção a reconfiguração de valores que realimentam o fenômeno humano tão ameaçado pela globalização capitalista em jogo. O que se percebe, na mesma medida deste desmonte do bem comum da esfera pública, é a emergência de linhas de forças intuitivas agindo como resistências pragmáticas e ressonâncias ancestrais que compõem uma rede de práticas coletivas decoloniais de desobediências e estados de “descoberta-invenção”, constituindo uma gênese de processos de afetividades e conectividades experimentais. Desde “Devolver a Terra a Terra” de Hélio Oiticica à “alegria” em Graça Aranha e Oswald de Andrade, tem-se a floresta como horizonte de “conexões improváveis” livres. A partir de Guilherme Vaz, a intuição, comunhão, alegria e dádiva são tomadas como ecos da antropofagia do lugar escola-devir floresta da arte como “acontecimento da conectividade que dá sentido à existência, retornando ao mundo um novo mundo quando está conectado.”

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luiz Guilherme Vergara, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Luiz Guilherme Vergara é professor associado do Departamento de Arte e do Programa de Pós-Graduação em
Estudos Contemporâneos das Artes da UFF. É cofundador do Instituto MESA e coeditor da Revista MESA.

Citas

ALVES, Rubem. Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas. In ALVES, Rubem. Gaiolas ou Asas? Revista Educação. Disponível em https://www.revistaeducacao.com.br/gaiolas-ou-asas/

AMARAL, Aracy. Mundo, homem, arte em crise. São Paulo: Perspectiva, 2007.

ARANHA, Graça. A esthetica da vida. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1921.

ARANTES, Otília (Org.). Forma e percepção estética. Mário Pedrosa. Textos escolhidos II. São Paulo: Edusp, 1995.

ANDRADE, Oswald de. Poesia Pau-Brasil. In ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 1990.

BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. UERJ, 2005.

BORGES, Stephanie. Talvez precisemos de um nome para isso. Pernambuco: Ed. Cepe, 2019.

CASTORIADIS, Cornelius. Tiempo e Imaginacion. Zona Erógena, n. 18, 1994.

FERREIRA, Gloria; HERKENHOFF, Paulo. Mário Pedrosa Primary Documents. Nova York: The Museum of Modern Art, 2015.

GUATTARI, Félix. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1985.

GUATTARI, Felix. As três ecologias. São Paulo: Papirus Editora, 1990.

LAGROU, Els. No ventre do monstro: Leviathan, Yube e Neto. In VOLZ, Jochen; PICCOLI, Valéria. Ernesto Neto: Sopro (curadoria). São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019.

PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virginia; ESCÓSSIA, Liliana da (Org.). Pistas do método da cartografia. Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.

PEDROSA, Mario. Anacronismo de uma Utopia. In AMARAL, Aracy. Mario Pedrosa. Dos Murais de Portinari aos Espaços de Brasília. São Paulo: Perspectiva, 1981.

PELBART, Peter Pal. O filósofo Gilles Deleuze, juntamente com Félix Guattari, batizou esse “tornar-se outro de devir.” Revista Bordas, n. 0 (2004/2011). Disponível em https://revistas.pucsp.br/bordas/article/view/7734 .

OITICICA, Hélio. Catálogo Exposição Centro de Arte Helio Oiticica. Rio de Janeiro: Projeto Hélio Oiticica, 1996.

NUNES, Benedito. A metafisica bárbara e também localistae tribal: o sentimento órfico se regionaliza, e produz, segundo a terra em que vivemos, uma imagem de Deus. A Antropofagia ao alcance de todos. In ANDRADE, Oswald de. Utopia Antropofágica. São Paulo: Editora Globo, 1990.

SANTOS, Milton. O processo espacial: o acontecer solidário. In SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2002.

VAZ, Guilherme. O homem correndo na savanna? Anhanguera Paranaíba. In MANATA, Franz. Guilherme Vaz. Uma fração do infinito. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2017a.

VAZ, Guilherme. O deslitígio do universo. In MANATA, Franz. Guilherme Vaz. Uma fração do infinito. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2017.

##submission.downloads##

Cómo citar

Vergara, L. G. (2019). Pós-fácil - Filosofia Floresta para uma Escola de Arte. REVISTA POIÉSIS, 20(33), 293-320. https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.293-320