Discursos e ideologias do "experimentalismo" na música do pós-guerra

Autores

  • Lílian Campesato

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.1625.43-64

Palavras-chave:

música experimental, experimento, experimentalismo, vanguarda

Resumo

O artigo reflete sobre o embate entre os discursos e ideologias presentes
nas atribuições dos termos experimento e experimental na rede de relações de produção e crítica da música. Essa investigação busca esclarecer o sentido da associação de uma parte significativa da produção musical do pós-guerra com o experimentalismo e também demarcar uma diferença de motivação na música do período, indicando que a distinção entre os termos (experimento e experimental) aparece bastante diluída. Essa associação implicou numa série de relações como a aproximação da música com o modelo científico que pode ser percebida na investigação
acerca do fenômeno sonoro no estúdio eletroacústico, ou na abertura
dos contornos da própria música com a incorporação de procedimentos aleatórios na composição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, T. e Horkheimer, M. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985.

BABBITT, Milton. Who cares if you listen? Contemporary composers on contemporary music. Ed. E. Schwartz; e B. Childs. New York, Da Capo Press, 1998, p 243-250.

BOULEZ, Pierre. “Experiment, Ostriches and Music”. Orientations: collected writings. J.-J. Nattiez. Cambridge, Harvard University Press, 1986.

BROMBERG, Carla. Vicenzo Galilei: contra o número sonoro. São Paulo, EDUC / Livraria da Física Editorial, 2011.

GAUTIER, Ana Maria Ochoa. El Sonido y el largo siglo XX. Revista Número, 2006.

GOEHR, Lydia. Explosive experiments and the fragility of the experimental. Elective Affinities: musical essays on the history of aesthetic theory. L. Goehr, New York, Columbia University Press, 2008, p 108-135.

HEIDEGGER, Martin. The question concerning technology and other essays. New York, Happer Perennial, 1977.

HELMHOLTZ, Hermann. On the sensations of Tone as a Physiological Basis for the Theory of Music. New York, Dover Publications, Inc.,1954.

HOUAISS; A., M.d.S. VILLAR; et al. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 2004.

IHDE, Don. Embodied Technics, Automatic Press / VIP. 2010.

KURSELL, Júlia (Ed). Sounds of Science – Schall im Labor (1800-1930). Berlin, Maz Planck Institut für wissenschaftsgeschichte, 2008.

MAUCERI, F. X. “From experimental music to musical experiment” In Perspectives of New Music. 35 (1) winter, 1997, p 187-204.

METZGER, Hans Klaus. (]. “Abortive concepts in the theory and criticism of music”. Die Reihe (English edition), 1959, trad. Leo Black, Bryn Mawr 5, p 21-29.

NYMAN, Michael. Experimental Music: Cage and Beyond. New York, Schimer Books, 1974.

SCHAEFFER, Pierre. La révue musicale 236. Vers une musique expérimentale. Paris: Richard-Masse, 1957.

STERNE, Jonathan. The audible past: cultural origins of sound reproduction. Durham & London, Duke University Press, 2003.

WIND, Edgar. Art and Anarchy. New York: A Vintage Bool, 1969.

Downloads

Como Citar

Campesato, L. (2018). Discursos e ideologias do "experimentalismo" na música do pós-guerra. REVISTA POIÉSIS, 16(25), 43-64. https://doi.org/10.22409/poiesis.1625.43-64

Edição

Seção

DOSSIÊ