Curadoria e rótulos identitários: a madeira em certa arte contemporânea do Nordeste

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.v21i35.38419

Palavras-chave:

identidade, “nordestinidade”, madeira, curadoria

Resumo

A partir da coincidência da exibição de trabalhos realizados em madeira pelos artistas Eduardo Frota, Eudes Mota e Marcelo Silveira em exposições cujas narrativas curatoriais eram de caráter identitário, questionamos: como curadorias operam narrativas identitárias a partir de determinados materiais – no nosso caso, a madeira –, procedimentos empregados em obras e de dados biográficos do artista? Quais as implicações desse processo? Para isso, confrontaremos análises de obras a discursos curatoriais e proporemos hipóteses sobre o emprego da narrativa identitária enquanto mediador institucional e econômico na inserção desses trabalhos, provenientes de circuitos considerados “locais” ou “periféricos”, em circuitos de dimensão “nacional”.  

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Biografia do Autor

  • Pedro Ernesto Freitas Lima, Universidade de Brasília, Brasil
    Pedro Ernesto Freitas Lima é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Arte da Universidade de Brasília, na linha de pesquisa Teoria e História da Arte.
  • Emerson Dionisio Gomes de Oliveira, Universidade de Brasília, Brasil
    Professor Associado do Departamento de Artes Visuais, Instituto de Artes da Universidade de Brasília, e professor consorciado do Curso de Museologia, na mesma universidade. Foi editor das revistas Em Tempo de Histórias (2007-2008); Museologia e Interdisciplinaridade (2012-2016); VIS (2015-2016). Atualmente é Editor da Revista MODOS.

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Publicado

2020-01-26

Como Citar

Curadoria e rótulos identitários: a madeira em certa arte contemporânea do Nordeste. (2020). REVISTA POIÉSIS, 21(35), 279-296. https://doi.org/10.22409/poiesis.v21i35.38419