Mímesis e enigma: sobre Infância em Berlim por volta de 1900
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.1524.77-92Palabras clave:
Benjamin, mímesis, enigmaResumen
Os textos especulativos sobre a faculdade mimética constituem esboços
preparatórios para o projeto de Infância em Berlim por volta de 1900, e em particular para o primeiro capítulo de sua primeira versão datilografada (1932-1933), intitulado Mummerehlen. A problemática das “semelhanças não sensíveis” atravessa o texto, que pode ser compreendido como uma tentativa de domínio de seu poder mágico de tornar presente, isto é, como um exercicio de colocar à distância as forças míticas da imagem. Pois, deixando entrever o horizonte teórico implicado nas semelhanças artisticamente produzidas, Benjamin explicita e deforma o quadro mimético da representação, explicitando o valor cognitivo da obra. A modernidade destas memórias de infância está justamente em tematizar essa tensão entre poesia e teoria sobre a qual se constitui sua estrutura enigmática.
Descargas
Citas
BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften. (Editado por R. Tiedemann e H. Schweppenhäuser sob a supervisão de T. W. Adorno et G.
Scholem). Frankfurt/Main: Suhrkamp, 1991.
BENJAMIN, W. Gesammelte Briefe. Frankfurt/Main: Suhrkamp, 1995.
BENJAMIN, W. Berliner Kindheit um Neuzehnhundert, die Gießener Fassung. Frankfurt/Main: Suhrkamp, 2000.
BENJAMIN, W. Enfance berlinoise vers 1900. La version de 1932-1933 (dita “de Giessen”). (Tradução francesa de Pierre Rusch, prefácio e notas de Patricia Lavelle). Paris: Editions de l’Herne, 2012.
BENJAMIN, W. Obras Escolhidas, I, II e III, (Traduções de Sergio Paulo Rouanet, Rubens Rodrigues Torres Filho e José Carlos Martins
Barbosa, prefácio de Jeanne Marie Gagnebin). São Paulo: Brasiliense, 1995.
BAUDELAIRE, C. OEuvres. Paris: Gallimard (Bibliothèque de la Pléiade), 1995.
BLUMENBERG, H. Imitação da natureza: contribuição à pré-história do homem criador. (Tradução de Luiz Costa Lima). In: Costa Lima,
L. (org.). Mímesis e a reflexão contemporânea. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2010.
FREUD, S. Totem et tabou (Tradução de Janine Altounian, André Bourguignon, Pierre Cotet, Alain Rauzy com a colaboração de Florence Baillet, prefácio de Jean-Michel Hirt). Paris: P.U.F, 2010.
FREUD, S. Crítica da faculdade do juízo (Tradução de Valério Rohden e António Marques). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
FREUD, S. Crítica da razão pura (Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão, introdução e notas de
Alexandre Fradique Morujão). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.
FREUD, S. OEuvres philosophiques (éd. F. Alquié avec la collaboration de A. J-L. Delamare, J. Ferrari, L. Ferry, F. de Gandt, P. Jalabert, J.-R. Ladmiral, M. B. de Launay, B. Lortholary, J. Masson, O. Masson, F. Marty, A. Philonenko, A. Renaut, J . Rivelaygue, J.-M. Vaysse, H. Wismann, S. Zac). Paris: Gallimard (Bibliothèque de la Pléiade), 1980-1986.
Comentários
FENVES, P. The Messianic Reduction. Walter Benjamin and the shape of time. Stanford: Stanford University Press, 2010.
GIURIATO, Davide. Mikrographien. Zu einer Poetologie des Schreibens in Walter Benjamins Kindheitserinnerungen (1932-1939). Munich: Wilhelm Fink, 2006.
LINDNER, Burkhardt. Schreibprozeß, Finisierung und verborgene Erinerungstheorie in Benjamins ‘Berliner Kindheit’. Zur erstmaligen
Edition des Gesamtnachlasses. In: Brandes, P. e Lindner, B., Finis. Paradoxien des Endes. Würzburg: Königshausen & Neumann, 2010.
STEINER, U. Benjamin and Kant: the Experience of Modernity. In: LOTTES, G. e STEINER, U. (ed.). Immanuel Kant: German professor and world-philosopher. Saarbrücken/Wehrhahn, 2007.
##submission.downloads##
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en Revista Poiésis concuerdan con los siguientes términos:- Los autores conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación. La obra está automáticamente licenciada bajo la Licencia Creative Commons Atribution, que permite compartirla siempre que se cite la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y anima a los autores a distribuir en línea sus trabajos publicados en la Revista Poiésis (en repositorios institucionales o en su propia página personal), ya que esto puede generar interacciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver El efecto del acceso libre).