O coletivo como floresta e a pedagogia da imanência
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.55-74Palabras clave:
coletivo, cultura, pedagogia, transespecificidadeResumen
O presente artigo explora a possibilidade de uma comunidade transespecífica, definida mais pela categoria de convivência do que pela do comum. Para isso, explora a genealogia do conceito de cultura tal como constituído historicamente até as suas acepções modernas. Depois, o artigo demonstra a possibilidade de engendramento de outro conceito de cultura no Brasil, pressentido por nossa poesia, em sua vocação para uma incomunidade. À semelhança do conceito de floresta, a cultura aparece como um meio ambiente em que convivem as transepecificidades. Por fim, explora a afinidade desta vocação com a de uma existência pedagógica em nossa cultura, principalmente com a filosofia de Paulo Freire. Traz ainda uma constatação final, a saber: a de que as formas da colaboração nos coletivos de arte contemporâneos traduzem uma vocação de um outro povo, sonhado por Oswald de Andrade como aquele que não dicotomiza a escola (o saber) e a floresta (o meio).
Descargas
Citas
ALIGHIERI, Dante. A divina comédia – Inferno. Trad. Italo Eugenio Mauro. São Paulo: Ed-itora 34, 2010.
ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 2011.
ANDRADE, Oswald de. Obras completas. Vol. 7. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1974.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Per-spectiva, 2013.
ARISTÓTELES. Poética. Trad. Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2017.
BAUDELAIRE, Charles. Poesia e Prosa. Vol. único. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
BENJAMIN, Walter. Estética e sociologia da arte. Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
BENJAMIN, Walter. O anjo da história. Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
CHAUÍ, Marilena. Conformismo e resistência. Belo Horizonte; Rio de Janeiro: Autêntica; Editora Fundação Perseu Abramo, 2018.
CHKLOVSKY, Viktor. A arte como procedimento. In Teoria da Literatura: Formalistas Rus-sos. 3ª ed. Porto Alegre: Editora Globo, 1976, pp. 39-56.
ELIADE, Mircea. História das crenças e das ideias religiosas, volume I: da Idade da Pedra aos mistérios de Elêusis. Trad. Roberto Cortes de Lacerda. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz & Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz & Terra, 2018.
KEYSERLING, Hermann de. Le monde qui nait. Trad. de Christian Sénéchal. Paris, Stock, 1932.
KOSBY, Marília Floôr. Mugido. Rio de Janeiro: Garupa, 2017.
NETO, João Cabral de Melo. A escola das facas. In Poesia Completa 1940-1980. Lisboa: INCM, 1986.
POUND, Ezra. A arte da poesia. Ensaios de Ezra Pound. Trad. Heloysa de Lima Dantas e José Paulo Paes. São Paulo: Ed. Cultrix; EdUSP, 1976.
##submission.downloads##
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en Revista Poiésis concuerdan con los siguientes términos:- Los autores conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación. La obra está automáticamente licenciada bajo la Licencia Creative Commons Atribution, que permite compartirla siempre que se cite la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y anima a los autores a distribuir en línea sus trabajos publicados en la Revista Poiésis (en repositorios institucionales o en su propia página personal), ya que esto puede generar interacciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver El efecto del acceso libre).