O coletivo como floresta e a pedagogia da imanência
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.55-74Palavras-chave:
coletivo, cultura, pedagogia, transespecificidadeResumo
O presente artigo explora a possibilidade de uma comunidade transespecífica, definida mais pela categoria de convivência do que pela do comum. Para isso, explora a genealogia do conceito de cultura tal como constituído historicamente até as suas acepções modernas. Depois, o artigo demonstra a possibilidade de engendramento de outro conceito de cultura no Brasil, pressentido por nossa poesia, em sua vocação para uma incomunidade. À semelhança do conceito de floresta, a cultura aparece como um meio ambiente em que convivem as transepecificidades. Por fim, explora a afinidade desta vocação com a de uma existência pedagógica em nossa cultura, principalmente com a filosofia de Paulo Freire. Traz ainda uma constatação final, a saber: a de que as formas da colaboração nos coletivos de arte contemporâneos traduzem uma vocação de um outro povo, sonhado por Oswald de Andrade como aquele que não dicotomiza a escola (o saber) e a floresta (o meio).
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