Jogos-rituais na encruza: pesquisa performática entre feminismos decoloniais e ancestralidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.v22i37.44461

Palavras-chave:

ancestralidade, performance ritual, feminismos decoloniais

Resumo

Este artigo trata de uma pesquisa performática em processo de criação de jogos-rituais, entrelaçando vivências diárias com feminismos decoloniais, per-formance ritual e simbologias do número três intrínsecas à Exu. A partir de uma carta contínua endereçada a Gloria Anzaldúa, discorre-se como conceitos teóricos decoloniais se conectam com ações performáticas coletivas e aos princípios do ori-xá. O presente trabalho investiga a encruzilhada como expansão de possibilidades de ser mulher, utilizando a necessidade da enunciação de si sendo tão urgente para pensarmos arte, política e cotidiano na cena contemporânea latina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana de Queiroz Cezar, Universidade Federal Fluminense, Brasil

Mariana de Queiroz Cezar é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da UFF. Cursou Arte dramática na ETET Martins Penna e Relações Internacionais na UFRJ.

Referências

ANZALDÚA, Glória. Falando em outras línguas: carta às mulheres escritoras do terceiro mundo. Estudos Feministas, Floria-nópolis, ano 8, jan./jun. 2000.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. São Paulo: Civilização Brasileira, 2003.

COSTA, Grasielle Aires da. O conceito de ritual em Richard Schechner e Victor Turner: análises e comparações. Revista Aspas, v. 3, n. 1, p. 49-60, 2013. Recuperado de http://www.revistas.usp. br/aspas/article/view/68385. Acesso em 30/6/ 2020.

GROSFOGUEL, Rámon. Descolonizando los universalismos occidentales: el pluriversalismo transmoderno decolonial desde Aimé Césaire hasta los zapatistas. El-Giro-Decolonial. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Pontifícia Universidad Javeriana. 2007.

LORDE, Audre. Irmã Outsider. São Paulo: Autêntica, 2019.

LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo decolonial. In: Pensamento feminista. Rio de Janeiro: Editora Bazar do Tempo, 2019.

MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória. São Paulo: Editora Perspectiva. 1997.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: CLACSO 2005.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o Culto Égun na Bahia. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.

SARAIVA PALMEIRA, Lara Virgínia. Glória Anzaldúa, uma chica entre-fronteiras. Equatorial, Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (Dossiê: Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo), v. 7, n. 12, p. 1-20, 27 fev. 2020.

Downloads

Publicado

2021-01-01

Como Citar

Cezar, M. de Q. (2021). Jogos-rituais na encruza: pesquisa performática entre feminismos decoloniais e ancestralidade. REVISTA POIÉSIS, 22(37), 281-298. https://doi.org/10.22409/poiesis.v22i37.44461