Os Baobás do fim do mundo: trechos líricos de uma etnografia com religiões de matriz africana no sul do Rio Grande do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.v23i39.52950

Palavras-chave:

poesia; pintura; encontro etnográfico; diáspora africana

Resumo

O ensaio reúne poemas de Marília Kosby e pinturas de José Darci, que compõem a primeira edição do livro Os Baobás do fim do mundo. Realizada em parceria entre a poeta e o pintor, a obra investiga possibilidades líricas através do encontro etnográfico realizado junto a terreiras na região de Pelotas, sul do Rio Grande do Sul. Os poemas e as imagens descrevem guias, caminhos e vertentes de uma força chamada axé, cuja arte de brotar, se desdobrar e espalhar é um saber gerado, transmitido e atualizado a partir da experiência da diáspora africana.

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Biografia do Autor

Marília Kosby, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

A poeta Marília Kosby nasceu no ano de 1984 na cidade de Arroio Grande, extremíssimo sul do Brasil. Suas principais pesquisas e escritos percorrem esta região do planeta e suas emanações, abordando a presença negra e afrodescendente nos limiares austrais da América Latina, as relações entre humanos e animais na pecuária pampiana, e a condição de mulher nas sociedades pastoris do meridião
americano. Publicou os livros de poesia Os baobás do fim do mundo (2011) e Mugido [ou diários de uma doula] (2017), este finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2018. Doutora em Antropologia Social (UFRGS), com pós-doutorado em Filosofia (Université de Liège/Bélgica), publicou o ensaio “Nós cultuamos todas as doçuras”: as religiões de matriz africana e a tradição doceira de Pelotas, pelo qual recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura/2016 e o Prêmio Boas Práticas de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Brasileiro/2015. Publica poemas em revistas literárias brasileiras e internacionais, participa de antologias. Tem poemas publicados em espanhol e inglês. Como compositora, foi premiada em festivais de música popular. Faz vídeos-poema e experimentações com poesia falada e música. Sua trajetória pode ser acompanhada no blog-portfólio https://aletraxucra.blogspot.com/ 

José Darci Barros Gonçalves, Artista independente, Brasil

O artista plástico José Darci Barros Gonçalves, também conhecido como Zé Darci, nasceu na cidade de
Arroio Grande/RS, em 1960. Desde 2000, José Darci participou de cerca de 70 exposições, entre individuais e coletivas, por todo o Estado do Rio Grande do Sul, tendo sido premiado pelos trabalhos “Fome Zero” e “Fome 2” nas edições de 2005 e 2006 do concurso Sesi Descobrindo Talentos. Ainda em 2005, participou do Salão de Arte Afro-Brasileira, em Porto Alegre/RS e, em 2006, expôs no Museu Farroupilha de Piratini/RS e participou do III Salão Sesi Artes Visuais Do Trabalhador, com exposições na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e no Museu da Fiergs (Porto Alegre/RS). Em 2009, participou do XIV Circuito Internacional de Arte Brasileira, expondo no Museu Pablo Neruda – Isla Negra / Santiago – Chile e no Museu de Arte da Pampulha – Belo Horizonte /MG. Em 2010, o trabalho “Brasil na África do Sul” participa do XV Circuito Internacional de Arte Brasileira, percorrendo mostras na Alemanha, República Tcheca e São Paulo. José Darci realizou exposições no Memorial do Rio Grande do Sul, durante o Fórum Social Mundial de 2016; na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, em 2014 e 2015. Expôs em diversos eventos de cunho antirracista e de valorização do protagonismo negro no campo intelectual e artístico. Entre os anos de 2010 e 2012, trabalhou no projeto “Cultura, Terra e
Resistência: Matrizes por onde construir materiais didáticos para quilombos” (Faculdade de Educação/UFPel e MEC), escutando e pintando histórias contadas em comunidades quilombolas da região sul do Rio Grande do Sul. Desde 2009, integra o grupo de artistas Quilombos Urbanos.

Referências

LEIRIS, Michel. Espelho da tauromaquia. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.

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Publicado

2022-01-30

Como Citar

Kosby, M. ., & Gonçalves, J. D. B. . (2022). Os Baobás do fim do mundo: trechos líricos de uma etnografia com religiões de matriz africana no sul do Rio Grande do Sul. REVISTA POIÉSIS, 23(39), 94-101. https://doi.org/10.22409/poiesis.v23i39.52950