Escolas na América Latina: da lógica estatal às políticas socioculturais instituintes
DOI:
https://doi.org/10.22409/mov.v0i11.151Resumo
Não se pode esperar do modelo escolar, globalmente disseminado como uma espécie de “franquia” do Ocidente, o que ele não será capaz de oferecer. A miopia do pensamento ocidental hegemônico não é capaz de enxergar as alternativas civilizatórias nascidas dos povos das periferias. Novas formas de organização escolar vão-se afirmando, a partir de diversas experiências instituintes, na correspondência aos diversos projetos de ressurgência das culturas e às polifonias das vozes culturais latino-americanas. O resgate criativo das culturas, dando novo sentido à globalização, não será obra de alguns intelectuais, nem tampouco de organismos estatais e governamentais, regidos pela lógica do Estado-Nação que tende a suprimir a alteridade; essa tarefa cabe ao próprio povo, organizado no âmbito da sociedade civil. Paradoxalmente, são os excluídos da história anterior os protagonistas deste processo educativo. Ao redescobrirem suas raízes e reavaliá-las através de um processo de auto-educação, desafiam os fatalismos e ironizam os triunfalismos, proclamando que uma nova história é possível.
Palavras-chave: educação latino-americana; cultura; experiências escolares instituintes.
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