POLÍTICA DE FORMAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES: O CURRÍCULO DO PROGRAMA NOVA EJA PARA O ENSINO DE FÍSICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.22409/mov.v0i4.290Resumo
No presente artigo, analisamos possíveis sentidos sobre formação humana, no âmbito do currículo destinado ao ensino de Física, no Programa Nova EJA (NEJA), implementado em 2013 para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas públicas da rede estadual do Rio de Janeiro. Do ponto de vista teórico-epistêmico, nos referenciamos à perspectiva histórico-ontológica (Saviani e Duarte, 2010) da formação humana, enquanto princípio educativo (Gramsci, 2014), no ensino de Física do programa em referência. A partir do método do materialismo histórico-dialético e da compreensão da linguagem enquanto produção ideológica (Bakhtin, 2006), procedemos à análise dos documentos do programa e do material didático para o ensino de Física. Os resultados da pesquisa nos indicaram, entre outros, uma forte de tendência de resumir o ensino de Física à resolução de problemas matemáticos com frágil vinculação aos chamados conteúdos físicos. A pesquisa também evidenciou que a presença de professores sem formação na licenciatura de Física, nos quadros do Nova EJA, favorece ao reducionismo do ensino da Física, por sua ênfase na resolução de problemas sem diálogo com a prática social de jovens e adultos, o que pode comprometer o processo formativo destes sujeitos na sua relação com os conhecimentos físicos socialmente produzidos. Essa tendência se agrava, quando se consideram os entraves presentes no material didático, no que tange à sua qualidade e à falta de vínculos com a prática social do estudante da EJA.
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