O CAPITAL-IMPERIALISMO COMO FORMA DE DISCURSO DOS EDUCADORES DO SÉCULO XX: O CASO DO EDUCADOR PASCHOAL LEMME
DOI:
https://doi.org/10.22409/mov.v0i1.49Abstract
O presente trabalho pesquisou a origem da crítica ao modelo do capital-imperialismo na história da educação brasileira. O conceito de capital-imperialismo pode ser entendido como um processo de acumulação de capital desigual e combinado que atinge todas as dimensões humanas, como uma forma datada na história que organiza as relações sociais. Apresentamos uma questão de partida que entende a permanência do discurso em tom crítico do capital-imperialismo em todo o século XX nos assuntos referentes à educação. Apontamos que sua origem advém de um pensamento marxiano de leitura da realidade desenvolvido por um intelectual pouco conhecido pela comunidade científica: Paschoal Lemme. O educador carioca foi um dos precursores na análise da relação íntima entre sociedade, política e educação. Ele se afastou de todo o movimento liberal escolanovista de meados de 1930 no Brasil, apesar de ter sido um dos signatários do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova de 1932. Paschoal deixou claro o seu rompimento com o pensamento liberal da Escola Nova, a partir da década de 5O do século passado, no momento em que o mundo passava por um vertiginoso crescimento econômico e as desigualdades sociais se acentuam, principalmente, nos chamados países subdesenvolvidos. Para Paschoal, não é a escola que será o agente das mudanças sociais. A escola faz parte da sociedade. Se a sociedade é formada por classes sociais antagônicas, a escola será permeada por estas diferentes classes. A construção de um novo homem só será possível com a superação de uma sociedade de classes sociais. Isto é, verdadeiramente democrática, com uma educação que atenda aos anseios do povo.
Palavras-chave: Paschoal Lemme. Capital-imperialismo. Marxismo
This article researched the origin critique of imperialism - capital model in the history of Brazilian education. The concept of capital -imperialism can be understood as a process of capital accumulation combined and uneven that affects all human dimensions, as a form dated in history that organizes social relations. We present a matter of starting to understand the permanence critical tone of the speech in the capital -imperialism throughout the twentieth century in matters relating to education. We point out that its origin comes from a Marxist thought reading of reality developed by an intellectual little known by the scientific community: Lemme Pascoal. The educator Rio was one of the forerunners in the analysis of the intimate relationship between society, politics and education. He turned away from all the liberal New School movement of the mid-1930s in Brazil, despite being a signatory of the Manifesto of the Pioneers of the New School in 1932. Paschoal made clear his break with the liberal thought of the New School , from the decade of the last century 5O , at a time when the world went through a dizzying economic growth and social inequalities are accentuated , especially in so-called underdeveloped countries . To Pascoal, is not the school that will be the agent of social change. The school is part of society. If society is formed by antagonistic social groups, the school will be permeated by these different groups. The construction of a new man will be possible only by overcoming a society of social classes. This is truly democratic, with an education that meets the aspirations of the people.
Keywords: Lemme Pascoal. Capital-imperialism. Marxism
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