A fronteira instável: liberdade e autoridade nas propostas de educação democrática
DOI:
https://doi.org/10.22409/mov.v0i14.179Abstract
A autoridade e a crise de autoridade são dois dos mais graves problemas hoje em educação escolar. Eles se apresentam de forma urgente no ensino fundamental, etapa essencial da formação social e moral da criança. Esta crise tem deixado até educadores escolares experientes de mãos vazias, por não saberem mais como proceder para trabalhar com regras e limites necessários à vida coletiva. Ou seja, perdemos (felizmente) as referências rígidas dos padrões convencionais para educar as crianças, mas frequentemente não conseguimos colocar algo efetivo no lugar. Este estado de coisas nos tem levado a colocar quase como opostos estes dois fenômenos: autoridade e liberdade, ou limites e democracia, como se eles fossem inconciliáveis. Este artigo, baseado em algumas reflexões da linha pragmatista da escola nova, procura demonstrar o rompimento com os antigos modos autoritários de poder é em si um grande ganho democrático, no sentido radical da palavra democracia. Mas a formação das crianças exige algum tipo de autoridade, pois é impossível educar sem direcionar e sem trabalhar com limites. Como fazê-lo em sintonia com valores radicalmente democráticos?
Palavras-chave: liberdade; autoridade democrática; formação humana.
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