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MAIS ALÉM DOS TRANSOTRNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO: Desdobramentos para a infância e a educação

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/mov.v7i15.42885

Mots-clés:

Neurodesenvolvimento, Psiquiatria, Infância, Educação

Résumé

A publicação do DMS-5 em 2013, embora marcada por uma série de críticas, introduziu um novo capítulo, intitulado de “Transtornos do Neurodesenvolvimento”, que foi recebido como uma espécie de promessa da psiquiatria contemporânea.  A lógica mais ampla articulada a este grupo diagnóstico, ao abarcar uma série de quadros iniciados na infância sob a égide de uma etiopatogênese ligada ao desenvolvimento neuronal, aponta para novos direcionamentos no campo da psiquiatria, tal como o projeto Rdoc. O objetivo deste artigo é apresentar, por meio de bibliografia selecionada, a perspectiva neurodesenvolvimentista articulada à ascensão dos “Transtornos do Neurodesenvolvimento”, procurando traçar correlações com os fenômenos da neurocultura, neuroidentidades e neurodiversidade, bem como identificar as noções de normalidade e patologia implícitas nesta lógica. Ademais, aponta-se algumas consequências desse paradigma no âmbito da infância e da educação. Pode-se perceber que os ideais sociais ligados às noções de competência e agência têm reconfigurado a percepção da infância contemporânea, associando-a a valores como autonomia e adaptabilidade, tornando a distinção entre crianças e adultos menos marcada. Estes valores estão em sintonia com a noção de neurodesenvolvimento, na medida em que ambos implicam uma trajetória de constante mudança, reconfiguração e aprendizagem ao longo da vida. O campo da educação é afetado por essa discussão, sendo invadido por metáforas cerebrais em torno da neuroplasticidade que, associadas à ênfase no empreendedorismo e do manejo de riscos, levam a deslocamentos na identidade da criança e do adolescente contemporâneos.

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Bibliographies de l'auteur

Thais Klein, Centro Universitário Augusto Motta

Doutora em Teoria Psicanalítica (PPGTP-UFRJ), doutora em Saúde Coletiva (Instituto de Medicina Social -UERJ). Professora da Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM) e da Pós-graduação em Psicanálise e clínica da contemporaneidade (UNISUAM).

Rossano Cabral Lima, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Psiquiatra. Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com doutorado sanduíche no Instituto Max Planck de História da Ciência (Berlim, Alemanha).Vice-diretor e professor Associado do Instituto de Medicina Social da UERJ.

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Publiée

2020-12-23

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