O OPORTUNISMO NEOLIBERAL NA PANDEMIA DE 2020: a nova morfologia da educação e a superexploração do trabalho docente

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https://doi.org/10.22409/mov.v7i15.42973

Mots-clés:

Covid-19. Ensino remoto. Trabalho. Nova morfologia da Educação. Necrocapitalismo

Résumé

A história da segunda década do século XXI, marcada pela contaminação da população mundial pela Covid-19, registrou uma crise humanitária e econômica global e explicitou a insustentabilidade do capitalismo. Discutir a precariedade das políticas públicas de saúde e da banalização da educação a distância durante a pandemia é objetivo deste texto. Na educação pública brasileira, o oportunismo do Estado genocida de Jair Bolsonaro e de seus executivos estaduais intensificou o trabalho docente, improvisando o trabalho remoto no processo de ensino dos alunos durante a contenção do vírus no país pelo isolamento social. A construção teórico-metodológica da temática está pautada no materialismo histórico e dialético e destaca a centralidade do trabalho como eixo de compreensão da sociedade. As categorias marxianas e marxistas contextualizam as contradições do capital na territorialização pandêmica. As expressões educação a distância, remota, digital, online, Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e congêneres foram aproximadas como recurso à limitação da modalidade improvisada de educação problematizada neste texto. Em síntese, na análise dessa crise global são destacados alguns pressupostos, os quais alertam sobre a insustentabilidade do necromodelo do Estado Nano, revelam que o avanço do neoensino a distância representa a subsunção dos professores e das famílias no processo de precarização do ensino-aprendizagem, o que reverbera na configuração de uma nova morfologia da educação brasileira. Enfim, na história do tempo presente a Covid-19 engendra, em conluio com as incertezas dos desdobramentos da crise mundial, o avanço de uma nova sociabilidade do trabalho na educação e acumulação privada da superexploração docente.

 

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Bibliographies de l'auteur

Paula Junqueira da Silva, Universidade Estadual de Goiás

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (1999) e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2002). Professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em regime de Tempo Integral de Dedicação à Docência e à Pesquisa. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da UFU, Linha de Pesquisa Trabalho, Sociedade e Educação e Grupo de Pesquisa Estado, Democracia e Educação.

Antonio Bosco de Lima, Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia (FACED).

Possui graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Pires (1983), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bernardo do Campo (1988), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1995), doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001), pós-doutorado pela UNICAMP na área de concentração História, Filosofia e Educação (2012), e pós-doutorado pela Universidade Federal de São Carlos na Linha de Pesquisa Teoria e Fundamentos da Educação (2020). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Uberlândia e coordena o Grupo de Pesquisa Estado, Democracia e Educação (GPEDE).

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Publiée

2020-12-23