Por uma reanálise do lugar da gramática normativa e teórica em uma abordagem linguística centrada no eixo uso-reflexão-uso
Palavras-chave:
Gramática normativa e teórica. Metodologia. Ensino.Resumo
Este artigo tem como objetivo propor uma reflexão sobre o papel do ensino de gramática normativa e teórica na educação básica. Embora concordemos com a pertinência de uma proposta de ensino de gramática pautada em textos, no eixo uso-reflexão-uso, cujo foco é o desenvolvimento da competência comunicativa a partir das práticas de letramento, entendemos que também é necessário um tratamento sistemático e não fragmentado da gramática normativa e teórica em sala de aula. Progressivamente, temos observado que parte dos conteúdos e conceitos gramaticais, frutos de uma tradição secular e requeridos em situações da vida social ligadas a empregabilidade, tem sido obliterada tanto nos programas curriculares, conforme demonstramos a partir da análise do Currículo Mínimo de Língua Portuguesa do Ensino Médio elaborado pela Secretaria do Estado de Educação do Rio de Janeiro, quanto nos livros didáticos. Paralelamente, consideramos que muitos dos conteúdos abordados são tratados superficialmente, sem que se explorem devidamente as categorias linguísticas nem se consolidem adequadamente os conceitos por meio de atividades de fixação, necessárias à retenção dos conteúdos na memória de longo prazo. Como proposta, indicamos um trabalho organizado por meio de sequências didáticas (ROSÁRIO, 2020) bem fundamentadas, em que inovação – no que diz respeito ao estudo gramatical no eixo uso-reflexão-uso – e tradição – no que tange ao domínio sistemático e não fragmentado de uma gramática normativa e teórica – caminhem lado a lado.
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