Avaliação, Classificação e Decisões sobre Embriões In Vitro: As (Re)Apropriações das Normas pelos Embriologistas
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i52.a48671Palavras-chave:
Embrião humano in vitro, Normas padronizadas, sistemas de avaliação e classificação embrionária, Áreas de jurisdição e pericialidade, Controvérsias sociotécnicasResumo
Este artigo descreve, analisa e discute as formas de relação dos embriologistas com as normas padronizadas que orientam a sua prática profissional no âmbito das técnicas de Procriação Medicamente Assistida em termos de avaliação, classificação e tomada de decisão sobre o embrião humano criado in vitro. Com base em entrevistas realizadas com embriologistas de centros públicos e privados de Procriação Medicamente Assistida, problematizamos as formas de adesão e conformação à governança pela norma, ou, como contraposto, às modalidades de composição, adaptação, negociação, ressignificação e crítica das normatividades estandardizadas por parte desses profissionais de saúde de acordo com os seus próprios esquemas cognitivos, saberes experienciais e padrões normativos. Sistematizamos os critérios usados na decisão sobre os embriões a transferir, congelar ou descartar e propomos uma gramática de lógicas em termos de atitudes e posicionamentos, mais ou menos rígidos, dos embriologistas diante dos standards e guidelines de avaliação e da classificação dos embriões.
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