Cavalos que trabalham: disputas entre carroceiros e ativistas da libertação animal
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i3.a50501Palavras-chave:
Antropologia do Estado, Relações humano-animal, Carroceiros e animais de tração, Libertação animal.Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar alguns resultados da pesquisa acerca do conflito e o desdobramento de controvérsias em torno da tração animal em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Partindo do modo de vida que entrelaça humanos e equinos nas cidades, foco minha atenção na ação judicial, nas mudanças na legislação e nas implicações da atuação do Poder Executivo municipal nas últimas duas décadas, derivadas de ações do ativismo pela libertação animal. Apresento as transformações ocorridas entre 2014 e 2018, com base nos trabalhos de campo que realizei nesse período, incluindo o período de um ano vivendo junto a uma comunidade de carroceiros e cavalos, acompanhando suas diferentes jornadas de trabalho. Na sequência, como assessor da organização de carroceiros, tornei-me propriamente um mediador entre os demais atores envolvidos nessa rede. Através deste relato etnográfico construído a partir dos anos de observação participante e levantamento de documentação, procuro demonstrar que os termos postos no debate público são ao menos insuficientes para compreendermos os diferentes sentidos que incidem sobre a relação de trabalho entre carroceiros e cavalos nas cidades.
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