O caso “católicas pelo direito de decidir”: impasses jurídicos entre ortodoxia religiosa e expressão dissidente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a56457

Palavras-chave:

Antropologia Jurídica, Religião, Dissidência, Catolicismo, Aborto

Resumo

O caso no Tribunal de Justiça de São Paulo entre a apelante Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura e a apelada Católicas Pelo Direito de Decidir SC trata de uma disputa sobre a existência ou não do direito da apelada de se autointitular “católica” publicamente. A análise da referia ação traz uma estimulante discussão jurídica sobre o que seria tolerável no campo da dissidência religiosa. Neste artigo empreendemos tal análise a partir de peças judiciais e de produções teóricas sobre a interação entre direito e religião, bem como sobre as particularidades dessa relação no Brasil e a crescente judicialização dos conflitos que dela advém. Ao identificarmos os raciocínios e argumentos mobilizados no processo judicial em questão, refletimos criticamente sobre o papel do direito de arbitrar o conflito, com o pano de fundo de uma disputa em que a defesa de direitos reprodutivos e a afirmação da ortodoxia religiosa católica está em jogo.

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Biografias do Autor

  • Nina Garbellini de Mello, Universidade Federal de Minas Gerais

    Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais.

  • Camila Silva Nicácio, Universidade Federal de Minas Gerais

    Professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutora em direito pela Université Paris I, Panthéon Sorbonne.

Publicado

2023-08-02

Edição

Secção

Dossiê Temático

Como Citar

O caso “católicas pelo direito de decidir”: impasses jurídicos entre ortodoxia religiosa e expressão dissidente. (2023). Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia. https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a56457