Fascismo atmosférico: o bolsonarismo como cronopolítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2024.v56.i2.a59314

Palavras-chave:

Tempo, Soberania, Atmosferas, Extrema-Direita.

Resumo

Este artigo mobiliza o conceito de atmosferas para analisar o bolsonarismo enquanto cronopolítica, um modo de fazer tempo e mobilizar públicos através do clima político. Sua capacidade de gestar e gerir atmosferas e corpos ansiosos é abordada a partir da ameaça longitudinal de golpe de estado no Brasil. Examinamos as afinidades entre esse movimento político e modulações da soberania/exceção associadas ao populismo, fascismo e messianismo. A seguir, exploramos como a sua violência descende ao ordinário através do contágio mimético entre Forças Armadas, líder e povo. Por fim, e com ênfase nos eventos de 7 de setembro de 2021, destacamos como o movimento prioriza afetos pré-objetivos como a ameaça, a prontidão, a indecisão e a preempção – cuja ausência de referentes precisos os eleva a verdadeiras forças elementais.

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Biografia do Autor

Bruno Reinhardt, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor Adjunto na Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor em Antropologia pela University of California.

Letícia Cesarino, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora Adjunta na Universidade Federal de Santa Catarina. Doutora em Antropologia pela University of California.

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Publicado

2024-08-01

Como Citar

Reinhardt, B., & Cesarino, L. (2024). Fascismo atmosférico: o bolsonarismo como cronopolítica. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 56(2). https://doi.org/10.22409/antropolitica2024.v56.i2.a59314

Edição

Seção

Dossiê Temático