Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia https://periodicos.uff.br/antropolitica <p style="line-height: 20.95pt; background: white; margin: 16.75pt 0cm 16.75pt 0cm;"><span style="font-size: 11.5pt; font-family: 'Segoe UI','sans-serif';">A Antropolítica – Revista Contemporânea de Antropologia do Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense é uma revista científica que tem como objetivo a publicação de artigos e resenhas relevantes para o campo da Antropologia e áreas afins, <span style="background: white;">qualificada como A2 pela Capes desde 2013</span></span>.<br /><strong><span style="font-size: 11.5pt; font-family: 'Segoe UI','sans-serif';">ISSN</span></strong><span style="font-size: 11.5pt; font-family: 'Segoe UI','sans-serif';">: 2179-7331</span></p> pt-BR <p>O conteúdo da revista Antropolítica, em sua totalidade, está licenciado sob uma Licença Creative Commons de atribuição CC-BY (<a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt">http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt</a>).</p> <p>De acordo com a licença os seguintes direitos são concedidos:</p> <ul> <li>Compartilhar – copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;</li> <li>Adaptar – remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial;</li> <li>O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.</li> </ul> <p>De acordo com os termos seguintes:</p> <ul> <li>Atribuição – Você deve informar o crédito adequado, fornecer um link para a licença e indicar se alterações foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer maneira razoável, mas de modo algo que sugira que o licenciante o apoia ou aprova seu uso;</li> <li>Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.</li> </ul> antropoliticauff@gmail.com (Lucía Eilbaum (editora-chefe)) antropoliticauff@gmail.com (Revista Antropolítica) Wed, 01 May 2024 12:29:15 +0000 OJS 3.2.1.0 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Identidad nacional, patrimonio cultural y enseñanza universitaria: un recorrido por la formación en Folklore https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/59713 <p>El libro <em>Cultura y Patrimonio Nacional. Los estudios de Folklore en la Universidad de Buenos Aires</em>, compilado por la Dra. Alicia Martín, aborda la trayectoria de la enseñanza del Folklore dentro de la Universidad de Buenos Aires. Organizado en seis capítulos, el libro analiza los diferentes momentos en la creación de la Licenciatura en Folklore, su incorporación en 1958 como especialización en la Licenciatura en Ciencias Antropológicas, la inclusión de los estudios de folkloristas italianos y la labor profesional de los primeros estudiosos del folklore que gestionaron el patrimonio cultural. Presenta un trabajo novedoso que cubre una problemática no analizada dentro de los estudios sobre la historia del campo del folklore, de la antropología y de aquello que refiere a la política pública patrimonial. Desde una aproximación antropológica, que combina el análisis de material de archivos y entrevistas a ex estudiantes e investigadores de las instituciones estatales analizadas, planes de estudio, programas de materias y seminarios, apuntes, biografías, documentos históricos de diversas instituciones, libros, revistas de la época, etc. ‒ los distintos autores reflexionan sobre el lugar de la cultura, las políticas patrimoniales y la importancia de los estudios de Folklore en el ámbito universitario.</p> Josefina Galuchi Copyright (c) 2024 Josefina Galuchi https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/59713 Sat, 01 Jun 2024 00:00:00 +0000 Tribunal Popular da Pesca: reciprocidades políticas em situação de crise da atividade pesqueira https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/55067 <p>O artigo enfoca a performance do Tribunal Popular da Pesca, ocorrido em 14 de janeiro de 2020, no RN, revelando-se como uma importante estratégia regional de mobilização da categoria profissional dos pescadores artesanais nas negociações e práticas de reciprocidade política em torno da luta por direitos na atividade pesqueira afetada pela catástrofe do derramamento de óleo no Nordeste, identificada entre agosto de 2019 e janeiro de 2020, chegando até a costa dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro no Sudeste do Brasil. A metodologia utilizada foi a observação participante no acompanhamento sistemático prévio ao Evento junto aos grupos de participantes e organizadores, continuando depois da realização deste. O artigo utilizou de revisão documental e bibliográfica da temática, trazendo reflexões analíticas sobre performance, direitos consuetudinários e direitos da legislação, assim como a ausência de justiça na reparação de violações de direitos adquiridos e retirados. Conclui pela eficácia simbólica da performance no que evidencia a injustiça frente à vulnerabilidade das populações pesqueiras tradicionais, se mostrando importante para a organização do litígio judicial posteriormente oficializado contra a União, denunciada por descaso na resposta para conter o óleo e na mitigação impacto deste nas comunidades que vivem do mar e do litoral.</p> Winifred Knox, José Gomes Ferreira , Delma Pessanha Neves, Louyse Rodrigues da Silva Copyright (c) 2024 Winifred Knox, José Gomes Ferreira , Delma Pessanha Neves, Louyse Rodrigues da Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/55067 Thu, 02 May 2024 00:00:00 +0000 Patrimônio cultural em disputa: ações de preservação e resistência nos territórios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana/MG https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56626 <p>O rompimento da barragem de rejeitos de minério denominada Fundão, sob responsabilidade das mineradoras Samarco, Vale e BHP, ocorrido no município de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, além de várias outras consequências, atingiu os modos e projetos de vida das vítimas e resultou em danos ao patrimônio cultural. Desde então, empresas e instituições públicas vêm desenvolvendo ações no campo da preservação patrimonial, no entanto nem sempre a partir do efetivo diálogo com a população atingida. Assim, o presente artigo apresenta um panorama geral dessas ações e busca enfatizar a relação das vítimas com os territórios atingidos pelos rejeitos, que se fortalece por meio de práticas socioculturais e movimentos de resistência desenvolvidos por elas desde o desastre. A metodologia inclui pesquisa empírica junto às comunidades atingidas, com destaque para o acompanhamento das festas e dos encontros realizados nos territórios atingidos; coleta de relatos de vítimas do desastre a partir do jornal A Sirene; e pesquisa bibliográfica e documental. Em um contexto de contínua violação de direitos, a luta pelo direito ao patrimônio cultural se expressa na reapropriação dos territórios atingidos enquanto lugares de memórias das vítimas do desastre.</p> Letícia Nörnberg Maciel, Flora d'El Rei Lopes Passos, Fabiele Costa Copyright (c) 2024 Letícia Nörnberg Maciel, Flora d'El Rei Lopes Passos, Fabiele Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56626 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000 Entre porcos e homens: etnografia da “tranca” em um manicômio judiciário https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56667 <p>Neste artigo pretendo explorar etnograficamente a forma como o cuidado e o poder se articulam no tratamento compulsório de um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTP). Com esse intuito, em um primeiro momento, analisarei o “porquinho”, também conhecido como “tranca”. Ele é o espaço reservado aos indisciplinados pacientes que resistem a se engajar no tratamento fármaco-centrado do manicômio judiciário. No entanto, longe de ser um desvio, eu argumento que o “porquinho” é, ele mesmo, parte extralegal da medida de segurança, forma prevista em lei de substituição da pena privativa de liberdade para inimputáveis ou semi-imputáveis. Para analisarmos as dimensões políticas e afetivas dessa “figura”, foi preciso compreender como ela se inscreve no imaginário dos pacientes e funcionários envolvidos com a medida de segurança e o circuito de afetos que esse imaginário mobiliza. A descrição da maneira como trabalhadores e internos interpretam o “porquinho” remeteu-me às fronteiras da racionalidade burocrática. A partir desse limite, avalio o modo singular como o Estado desenha sua escritura, quando desafiado por eventos cujas delimitações do percebido e do imaginado são confusas. Em um segundo momento, descrevo a maneira como esse circuito afetivo configura o modo predominante de cuidado no manicômio judiciário, no qual confluem as lógicas, aparentemente distintas, da assistência e controle. Explorando os enquadramentos perceptivos e o circuito de afetos presentes na instituição, descrevo como diferentes interpretações sobre os internos alimentam distintos regimes de inteligibilidade que dão origem a modos variados de intervenção normativa sobre seus corpos.</p> Túlio Maia Franco Copyright (c) 2024 Túlio Maia Franco https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56667 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000 O catálogo A África na vida e na cultura do Brasil: confluências entre os estudos de folclore e os estudos étnico-raciais https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56858 <p>Em 1977, o antropólogo e estudioso de folclore Manuel Diégues Júnior produziu para o <em>2<sup>nd</sup> World Black and African Festival of Arts and Culture</em>, em Nigéria, Lagos, Kaduna, o catálogo denominado <em>A África na vida e na cultura do Brasil</em>. Essa publicação, encomendada a Diégues pelo Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores, buscou produzir um panorama sobre a influência africana em várias esferas da cultura brasileira. Para escrever esse catálogo, Diégues lançou mão de uma rede de especialistas, estudiosos de folclore, historiadores e antropólogos de diversos estados brasileiros que pudessem informá-lo sobre as características da influência africana em seus estados, e a partir disso construiu uma síntese histórica e geográfica sobre a dita África no Brasil. Neste trabalho pretendemos, a partir da análise do referido catálogo e da rede de relações e trajetória profissional de Diegues, compreender que imagem da África no Brasil é construída. Ao longo do trabalho mostramos que essa imagem se desenvolve no seio das confluências entre estudos de folclore, estudos étnico-raciais e antropologia.</p> Ana Teles Silva Copyright (c) 2024 Ana Teles Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56858 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000 “Desaprendendo emoções indesejáveis”: o ciúme nas relações entre não monogâmicos negros https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/57258 <p>O objetivo do artigo é discutir o lugar do ciúme no discurso amoroso de pessoas não monogâmicas negras. Para tal, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os fundadores do maior grupo de Facebook de não monogâmicos negros do Brasil. Ao investigar as tensões e estratégias mobilizadas por esses sujeitos, percebemos que eles classificam o ciúme como um dos maiores malefícios da “herança monogâmica”, que traz consigo a ideia de posse do outro. Assim sendo, partem do princípio de que o ciúme é construído, ou, mais precisamente, “inventado”. A análise do ciúme nesse contexto permite mostrar especificamente as negociações e as dinâmicas de interação estabelecidas em torno do arranjo não monogâmico de modo mais amplo, sendo a desnaturalização e a tentativa de “superação” de tal sentimento atitudes que legitimam o próprio arranjo afetivo-sexual em questão e a construção de uma identidade negra.</p> Rhuann Fernandes, Claudia Barcellos Rezende Copyright (c) 2024 Rhuann Fernandes, Claudia Barcellos Rezende https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/57258 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000 Espanha e seus museus pela construção do conhecimento antropológico https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/57628 <p>A concepção e o desenvolvimento da antropologia em museus na Espanha encontram particularidades pouco compartilhadas com seus pares europeus. Este trabalho pretende analisar o pioneirismo dos estudos antropológicos efetivados no país com a colaboração de museus no século XIX como um <em>locus</em> privilegiado de análise e compreender seu parco desdobramento a partir da primeira metade do século XX, diante da conjuntura político-social que enfrentou. Por meio de etnografia e revisão bibliográfica, o artigo busca conhecer as dimensões que a disciplina alcançou em Madri e em Barcelona no período e compreender a suposição local de que seus museus antropológicos “não deram certo”. A pesquisa culmina na análise sobre as condições políticas e sociais às quais esteve o país submetido nos períodos da consolidação da disciplina e de seus museus.</p> Renata Montechiare Copyright (c) 2024 Renata Montechiare https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/57628 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000 A elaboração dos discursos em sentenças contra adolescentes (considerados) em conflito com a lei https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/58055 <p>O artigo discute a construção dos discursos contidos em sentenças do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) emitidas contra adolescentes (considerados) em conflito com a lei. Ao longo de dois anos de pesquisa, debruçamo-nos sobre um conjunto de 25 documentos, emitidos ao período entre os anos de 2012 e 2018 de diversas comarcas do estado do Rio de Janeiro. Tendo como elemento central a categoria do discurso, destacamos como personagens analisáveis os policiais militares, os familiares dos adolescentes e os juízes, cujas narrativas são flexionadas, acatadas e consideradas a partir do lugar que ocupam e do poder que exercem na estrutura das audiências. Para que fosse possível chegar a essa afirmação, utilizamos o vocabulário de motivos, de Wright Mills (2016), como uma metodologia de categorização. Compreendemos que as decisões judiciais utilizadas ao longo da pesquisa constituem um fluxo invisível, mas igualmente importante, no que se refere ao processamento das ações e suas consequências. Nesse sentido, alegamos que a fala e o discurso possuem um papel primordial na efetivação das ações e do controle social exercido pelas instituições e precisam ser interpretadas junto à sociologia da violência enquanto elemento analítico potencial.</p> Carla Mangueira Gonçalves Machado Copyright (c) 2024 Carla Mangueira Gonçalves Machado https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/58055 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000 Um centro habitado: casa, mobilidade e mobilização em São Luís (Maranhão) https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/57846 <p>O artigo parte de discursos sobre o vazio e a necessidade de repovoamento do Centro Histórico de São Luís para pensar casa e mobilidade no espaço. A partir de uma pesquisa etnográfica, argumenta que a aproximação com a vida das e dos moradores do Centro permite compreender a mobilidade associada à casa e os modos de morar e constatar que existem moradores de outros locais considerados parte da comunidade. Trata ainda da relação de algumas pessoas com o Estado, com o qual se constroem aproximações e distanciamentos em torno da ideia de ausência e de vazio. Por fim, sugere a compreensão das contradições presentes nas falas a partir da defesa da importância da moradia para a comunidade. </p> Martina Ahlert, Nicole Pinheiro Bezerra Copyright (c) 2024 Martina Ahlert, Nicole Pinheiro Bezerra https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/57846 Wed, 01 May 2024 00:00:00 +0000