Pintar quanto antes: a exploração criativa da ação conveniente no atelier de pintura do Pisão

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i3.a49956

Palabras clave:

Pintura, Institucionalização, Ação, Autonomia

Resumen

No decurso de uma pesquisa etnográfica desenvolvida em contexto de institucionalização devido a patologias do foro psiquiátrico, pudemos constatar que a prática artística, nomeadamente a pintura, desempenha um papel importante no processo de capacitação para a autonomia dos residentes internados. Com efeito, a tendência das políticas públicas das últimas décadas tem privilegiado o regime de envolvimento em plano junto das populações mais vulneráveis. Assim sendo, caberá aos técnicos profissionais identificar o grau e natureza da dependência em causa e atuar em conformidade, visando a autonomização das mesmas. Partindo do caso de um pintor abstrato, Leopoldo, e recorrendo a algumas anotações de Diário de Campo, ensaia-se uma análise pragmaticamente inspirada acerca da variedade de envolvimentos presentes nas situações em que a atividade da pintura se desenvolve. O caso de Leopoldo mostrará que, contrariamente ao gesto de pintar, onde revela autonomia, há inquietações e dificuldades, antes e após a pintura, em torno da utilização dos materiais necessários, que pertencem à instituição. A coexistência, transições e articulações entre estes vários envolvimentos na experiência pictórica é o leitmotiv do texto que se segue.

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Biografía del autor/a

  • José Manuel Resende, Universidade de Évora

    Professor Catedrático da Universidade de Évora. Doutor em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa.

  • José Maria Carvalho, Universidade de Évora

    Professor Assistente Convidado na Universidade de Évora. Doutorando em Sociologia na Universidade de Évora.

Publicado

2022-11-03

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Pintar quanto antes: a exploração criativa da ação conveniente no atelier de pintura do Pisão. (2022). Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 54(3). https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i3.a49956