Reticulations for a better possible: speculative anthropology of human and more-than-human emotions
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2025.v57.i1.a61696Keywords:
Speculative anthropology of human and more-than-human emotions, Medical anthropology, Speculative anthropology.Abstract
This article focuses on the decentralization of an anthropology of emotions founded and destined on the dilemma of reason vs. emotion/passions/biographies/human temperaments that circumscribes this field. We seek to instigate the construction of a speculative anthropology of emotions not restricted to human emotions, but in the emotional delivery of assistance by humans and more-than-humans (in our case, furniture and psychotropics) in a Psychosocial Care Center. We therefore avoid the brutal separation between that which has never had a history in the anthropology of emotions - the emotional of materialities - and that which never leaves the history of the anthropology of emotions: the centrality of human emotions/passions/temperaments. We are far from an anthropology of emotions that is confused with a kind of psychological anthropology of emotions, without realizing that psychology is its own crisis. We are still far from an anthropology of emotions that makes the concept of otherness something exclusive among humans. The methodology used here is the ethnography of the human relationship and materialities in the Psychosocial Care Center of the city of Guanambi (Bahia), in the southwest of Bahia. To this end, the metaphors and perceptions of health professionals and users were ethnographically analyzed, indicating how furniture and psychotropic drugs transform care in that Center into something cozy (the best possible). As a result of this work, another anthropology of emotions is possible. A more speculative one, full of material-spiritual emotions of humans and more than humans and far removed from the egoic orientation of an anthropology based on biographies.
Downloads
References
AKRICH, Madeleine. Como descrever os objetos técnicos? Boletim Campineiro de Geografia, Campinas, v. 4, n. 1, p. 161-182, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.54446/bcg.v4i1.147. Acesso em: 27 jan. 2025.
BELLACASA, Maria Puig de la. O pensamento disruptivo do cuidado. Anuário Antropológico, Brasília, DF, v. 48, n. 1, p. 108-133, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.4000/aa.10539. Acesso em: 27 jan. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Brasília, DF: Diário Oficial da União, p. 2, 9 abr. 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. A Reforma Psiquiátrica Brasileira e a política de saúde mental. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.
BRUNO, Fernanda. Objetos técnicos sem pudor: gambiarra e tecnicidade. Revista Eco Pós, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 136-148, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i1.10407. Acesso em: 27 jan. 2025.
COCCIA, Emanuele. Philosophie de la maison: l’espace domestique et le bonheur. Paris: Rivages, 2021.
COELHO, Maria Claudia. As emoções e o trabalho intelectual. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 25, n. 54, p. 273-297, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-71832019000200011. Acesso em: 27 jan. 2025.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em políticas públicas de álcool e outras drogas. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia, 2019. Disponível em: https://site.cfp.org.br/publicacao/referencias-tecnicas-para-atuacao-de-psicologasos-em-politicas-publicas-de-alcool-e-outras-drogas/. Acesso em: 27 jan. 2025.
DEBAISE, Didier; STENGERS, Isabelle. L’insistance des possibles: pour un pragmatisme spéculatif. Multitudes, Paris, v. 4, n. 65, p. 82-89, 2016. Disponível em: https://shs.cairn.info/revue-multitudes-2016-4-page-82?lang=fr&tab=cites-par. Acesso em: 04 abr. 2025.
DESPRET, Vinciane. O que diriam os animais? São Paulo: UBU, 2021.
DUPERREX, Matthieu. Voyages en sol incertain: enquête dans les deltas du Rhône et du Mississippi. Paris: Éditions Wildproject, 2019.
FERRAZ, Luana; FERREIRA, Paulo Rogers. Antropologia especulativa dos cuidados paliativos. In: FERREIRA, Paulo Rogers; CHAGAS, Lisandra. O faz mundo em medicina: a emergência da antropologia médico-especulativa. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2025. p. 68-78.
FERREIRA, Paulo Rogers; CHAGAS, Lisandra. A emergência da antropologia especulativa da medicina. In: FERREIRA, Paulo Rogers; CHAGAS, Lisandra. O faz mundo em medicina: a emergência da antropologia médico-especulativa.Vitória da Conquista: Edições UESB, 2025. p. 68-78.
JAMES, William. Pragmatismo. São Paulo: Martin Claret, 2006.
LATOUR, Bruno. Changer de Société: refaire de la sociologie. Paris: La Découverte, 2006.
LATOUR, Bruno. Políticas da natureza: como associar as ciências à democracia. São Paulo: Unesp, 2019a.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio em antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34, 2019b.
LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no antropoceno. São Paulo: UBU, 2020a.
LATOUR, Bruno. Por que a crítica perdeu a força? De questões de fato a questões de interesse. O que nos faz pensar, Rio de Janeiro, v. 29, n. 46, p. 173-204, 2020b. Disponível em: https://doi.org/10.32334/oqnfp.2020n46a748. Acesso em: 27 jan. 2025.
HARAWAY, Donna. Ficar com o problema: fazer parentes no Chthluceno. São Paulo: N-1 Edições, 2023.
MOL, Annemarie. Cutting surgeons, walking patients: some complexities involved in comparing. In: MOL, Annemarie; LAW, John (org.). Complexities: social studies of knowledge practices. Durham: Duke University Press, 2002. p. 218-257.
MOL, Annemarie; LAW, John. Complexities: an introduction. In: MOL, Annemarie; LAW, John (org.). Complexities: social studies of knowledge practices. Durham: Duke University Press, 2002. p. 1-22.
MOL, Annemarie. The logic of care: health and the problem of patient choice. Londres: Routledge, 2006.
PIGNARRE, Philippe. O que é o medicamento? Um objeto estranho entre ciência, mercado e sociedade. São Paulo: Editora 34, 1999.
PIGNARRE, Philippe. Les malheurs des psys: psychotropes et médicalisation du social. Paris: La Découverte, 2006.
SILVEIRA, Léa. A psicologia é sua própria crise? Sobre o sentido epistemológico da presença da filosofia no cerne da psicologia moderna. Fractal: Revista de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 1, p. 12-21, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i1/1454. Acesso em: 27 jan. 2025.
SIMONDON, Gilbert. Sur la technique. Paris: Presses Universitaires France, 2014.
SIMONDON, Gilbert. Do modo de existência dos objetos técnicos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2020.
SOARES, Antonio Carlos. Conceitos outros: as coisas e a Virada Ontológica. Oficina do Historiador, Porto Alegre, v. 13, n. 1, p. 1-12, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.15448/2178-3748.2020.1.36312. Acesso em: 27 jan. 2025.
SOURIAU, Étienne. Avoir une âme: essai sur les existences virtuelles. Paris: Les Belles Lettres 1938.
SOURIAU, Étienne. Diferentes modos de existência. São Paulo: N-1 Edições, 2020.
TARDE, Gabriel. Monadologie et sociologie. In: TARDE, Gabriel. Oeuvres de Gabriel Tarde, Volume 1. Paris: Les empêcheurs de penser en rond, 1999.
TRONTO, Joan. Moral boundaries: a political argument for an ethic of care. Nova York: Routledge, 1993.
WINNER, Langdon. Do artifacts have politics? Daedalus, Cambridge, v. 109, n. 1, p. 121-136, 1980.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Paulo Rogers Ferreira, Marlúcia Malheiros Souza

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo da revista Antropolítica, em sua totalidade, está licenciado sob uma Licença Creative Commons de atribuição CC-BY (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt).
De acordo com a licença os seguintes direitos são concedidos:
- Compartilhar – copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar – remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial;
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição – Você deve informar o crédito adequado, fornecer um link para a licença e indicar se alterações foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer maneira razoável, mas de modo algo que sugira que o licenciante o apoia ou aprova seu uso;
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.