Mapping the struggle: participatory mapping experiences among the Pataxó in the context of the self-demarcation process of the Barra Velha do Monte Pascoal Indigenous Land
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2025.v57.i1.a65137Keywords:
Territoriality, Self-demarcation, Participatory mapping, Geographic Information System, Pataxó.Abstract
This article focuses on the experience of introducing Geographic Information Systems tools and carrying out participatory mapping among the Pataxó of the Barra Velha do Monte Pascoal Indigenous Territory, within the context of their struggle for territorial rights. The Pataxó lost their traditional territory in the 1940s with the creation of the Monte Pascoal National Park. Since then, they have fought tirelessly for the right to return to their ancestral lands, with the establishment of the protected area becoming a central axis of their ethno-political mobilisation. The current phase of this struggle is marked by the self-demarcation of their traditional territory: tired of waiting for state recognition, the Pataxó launched a series of territorial occupations in 2022. This paper describes the implementation of an Engaged Anthropology project between 2023 and 2024, set within the current political context of the Pataxó territory. The project’s goal was to create a monitoring unit: the Pataxó Territory Observatory. The Observatory team, consisting of two Pataxó members and the author of this article, worked closely with the territory’s Council of Chiefs over the course of a year. The team autonomously produced unpublished data on the Pataxó struggle and created the map “Pataxó Self-Demarcation of the Barra Velha do Monte Pascoal Indigenous Land”. Simultaneously, the Observatory popularised access to geo-referenced knowledge about the demarcation process and actively participated in various internal political debates. This paper demonstrates how engagement and participatory mapping practices have led to a deeper understanding of the construction of Pataxó territoriality.
Downloads
References
ACSELRAD, Henri; COLI, Luis Régis. Disputas cartográficas e disputas territoriais. In: ACSELRAD, Henri (org.). Cartografias sociais e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2008. p. 13- 43.
AGOSTINHO, Pedro. Bases para o estabelecimento da reserva Pataxó. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 23, p. 19-29, 1980.
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Terras de quilombos, terras indígenas, “babaçuaislivres”, “castanhais do povo”, faixinais e fundos de pastos: Terras tradicionalmente ocupadas. 2. ed. Manaus: PGSCA-UFAM, 2008.
AMSELLE, Jean-Loup; M’BOKOLO, Elikia (coord.). Pelos meandros da etnia: etnias, tribalismo e Estado em África. Lisboa: Edições 70, 1985.
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Tradução de Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
BÁEZ CASILLAS, Miguel Ángel; PAZ DE PEÑA, Francisco Javier. La etnografía en los conflictos ambientales y las fronteras de la antropología. Revista de El Colegio de San Luis, San Luis Potosí, ano 10, n. 21, p. 5-31, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.21696/rcsl102120201183. Acesso em: 24 maio 2025.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Sociologia do Brasil indígena. 2. ed. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
CARDOSO MOTA, Thiago; PARRA BULBARELLI, Lilian; REIS DE SANT’ANA, Graziella; PINHEIRO BUENO, Maria (org.). Aragwaksã. Plano de Gestão Territorial do povo Pataxó de Barra Velha e Águas Belas. Brasília: FUNAI, 2012.
CARVALHO, Maria Rosário de. O Monte Pascoal, os índios Pataxó e a luta pelo reconhecimento étnico. Caderno CRH, Salvador, v. 22, n. 57, p. 507-521, set./dez. 2009.
CHAPIN, Mac; LAMB, Zachary; THRELKELD, Bill. Mapping Indigenous Lands. Annual Review of Anthropology, [s. l.], v. 34, p. 619-638, 2005.CORREIA, Cloude de Souza. Etnozoneamento, etnomapeamento e diagnóstico etnoambiental: representações cartográficas e gestão territorial em terras indígenas no estado do Acre. 2007. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Brasília, 2007.
CRAMPTON, Jeremy; KRYGIER, John. Introdução à cartografia crítica. In: ACSELRAD, Henri (org.). Cartografias sociais e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2008. p. 85- 111.
DAS, Veena; POOLE, Deborah (org.). Anthropology in the margins of the state. Santa Fe: School of American Research Press, 2004.
ERIKSEN, Thomas Hylland. Engaging anthropology: the case for a public presence. Oxford: Berg, 2006.
FERRÁNDIZ, Francisco. Etnografías contemporáneas: anclajes, métodos y claves para el futuro. Barcelona: Anthropos: Universidad Autónoma Metropolitana-Iztapalapa, 2011.
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI). Anexo ao Despacho FUNAI nº 4, de 27/02/2008. Nota Federal, publicado no D.O. em 29 fev. 2008 - Resumo do Relatório Circunstanciado de Revisão dos Limites da TI Barra Velha. Brasília: FUNAI, 2008.
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI). Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Comexatibá (Cahy/Pequi). Brasília: FUNAI, 2006.
GALLOIS, Dominique Tilkin. Terras ocupadas? Territórios? Territorialidades? In: RICARDO, Fany (org.). Terras indígenas e Unidades de Conservação: o desafio das sobreposições territoriais. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2014. p. 37-41.
HEASBERT, Rogerio. O mito da Desterritorializaçao: Do “fin dos territorios” à multiterritorialidade, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HERLIHY, Peter; KNAPP, Gregory. Maps of, by and for the peoples of Latin America. Human Organization, [s. l.], v. 62, n. 4, p. 303-314, 2003.
OLIVEIRA, João Pacheco de. O nascimento do Brasil e outros ensaios: antropologia, história e educação. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016.
MISSE, Michel. Violência e teoria social. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 45-63, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.4322/dilemas.v9.n.1.7672. Acesso em: 20 abr. 2025.
PELUSO, Nancy Lee. Whose woods are these? Counter-mapping forest territories in Kalimantan, Indonesia. Antipode, [s. l.], v. 27, n. 4, p. 383-406, 1995.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Anna Kurowicka

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo da revista Antropolítica, em sua totalidade, está licenciado sob uma Licença Creative Commons de atribuição CC-BY (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt).
De acordo com a licença os seguintes direitos são concedidos:
- Compartilhar – copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar – remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial;
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição – Você deve informar o crédito adequado, fornecer um link para a licença e indicar se alterações foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer maneira razoável, mas de modo algo que sugira que o licenciante o apoia ou aprova seu uso;
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.