Memórias conflitivas e espaço público: o que contam as estátuas?
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2025.v57.i3.a65388Palabras clave:
Estátua, Memória, Espaço público, Conflito, Estatuoclastia.Resumen
Este resumo apresenta o livro La Disgrâce des statues. Essai sur les conflits de mémoire, de la Révolution française à Black Lives Matter, do historiador francês Bertrand Tillier, voltado à análise do fenômeno da “estatuoclastia”. Apoiando-se em rico corpus teórico e numerosos exemplos transnacionais, o autor descreve como as sociedades atacaram constantemente as estátuas, ressaltando assim o processo de sua presença no espaço público. Os exemplos de estatuoclastia citados podem ser ações isoladas ou estarem diretamente ligados a movimentos sociais (movimento contra a monarquia na França, movimentos contra ditaduras comunistas na Europa de Leste, Primaveras árabes, movimentos de denúncia dos apoiantes da escravatura ou colonialismo, Black Lives Matter, Gilets jaunes etc.). A diversidade das ações perpetradas contra as estátuas pode ser distinguida pela sua temporalidade, meios e motivos. A análise põe em evidência o significado político e simbólico das ações, bem como os conflitos de memória e imagens que elas suscitam. Para concluir, o historiador questiona o futuro patrimonial das estátuas e as possibilidades para levar tanto em conta a complexidade da história como as reivindicações memoriais. O estudo do fenômeno da estatuoclastia mostra a importância de contextualizar as estátuas para compreender o seu significado no presente e, de forma mais geral, realça a dimensão memorial do espaço urbano.
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Referencias
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