Um panorama sobre as discussões sobre Gênero, Masculinidade e Poder.

Auteurs

  • Rolf Malungo de Souza

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2013.0i34.a41514

Résumé

Quando as feministas, gays e negros, nas décadas de 1960 e 1970 foram às ruas para questionar o poder masculino heterossexual e branco, as reivindicações fizeram surgir novas reflexões sobre identidades sexuais, étnicas e sobre as relações de poder. Esses grupos foram responsáveis por mudanças epistemológicas que fizeram com que não reconhecer a variável gênero na análise social fosse tão grave quanto menosprezar a classe social (Almeida, 1995). Fizeram também com que, pela primeira vez no Ocidente, os homens se descobrissem possuidores de um gênero socialmente construído, como já era sabido desde pelo menos o século XIX sobre as mulheres (Giddens, 1994).Em 1974, as antropólogas Michelle Z. Rosaldo e Louise Lamphere lançaram o livro Woman, Culture, and Society. Esse livro trazia uma coletânea de artigos que causou grande impacto na época, sacudindo algumas certezas, como a do matriarcado original em que a inferiorização das mulheres era quase universal − pelo menos o era nas sociedades que foram estudadas por antropólogos e antropólogas. Apesar de não ter sido unanimidade no meio acadêmico e mesmo entre as feministas não acadêmicas, esses trabalhos ajudaram a trazer novos elementos sobre gênero, sexo e poder. Embora já houvesse algumas produções sobre gênero masculino produzido pela Psicologia, as discussões sobre o gênero masculino ganham status de campo teórico nos EUA, Inglaterra e Austrália apenas nos anos 1980 (Arilha, 1998). No Brasil, os primeiros trabalhos sobre a masculinidade foram publicados nos anos 1990. Atualmente, há um número crescente de trabalhos que tratam do tema no Brasil. Nos últimos dez anos as interações entre homens despertaram interesses.

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Numéro

Rubrique

Dossiê Temático