O fado e a construção da Lisboa monumental, uma breve introdução
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https://doi.org/10.22409/antropolitica2015.0i39.a41731Mots-clés:
Fado, Lisboa, identidade, gentrificação, urbanismo, história.Résumé
O fado tornou-se uma testemunha ativa das mudanças políticas e sociais da cidade de Lisboa desde a segunda metade do século XIX. Hoje combinam-se a forte presença desse gênero musical na vida cultural portuguesa e os esforços em preservar e renovar a paisagem urbana. Em nome do turismo, da gentrificação ou da (re)inscrição das identidades locais. A combinação entre música e espaço urbano é importante para o estudo das cidades globalmente (re)inventadas. Nas metrópoles, o desenvolvimento urbano interage com as estruturas musicais (KRIMS, 2007). Cultura e identidade são (re)negociadas de acordo com as condições politico-sociais de um dado período histórico. Essa interação sincrônica e diacrônica entre um ethos urbano historicamente fabricado e a cultura local contemporânea manifesta-se na arquitetura e na música. A relação entre música e a cidade não é passiva. A música popular desenvolve a sua paisagem sonora em sintonia com a paisagem urbana. As atividades culturais são importantes para delimitar fronteiras territoriais. Em Lisboa, o fado combina música e letras que enfatizam, celebram, demarcam, e fixam o patrimônio material e a cultura local. A relação entre música e a cidade, história, identidade, urbanismo e gentrificação são o foco desse artigo. O artigo combina textos contemporâneos da etnomusicologia, antropologia, economia e história com notas de campo com a minha experiência como músico de fado em Lisboa (2013-2016). A instrumentalização cultural combinada com o turismo de massa e a especulação urbana sugerem novos estudos acerca das estratégias de mercantilização das identidades musicais lisboetas.##plugins.generic.usageStats.downloads##
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Comment citer
Sá, M. (2016). O fado e a construção da Lisboa monumental, uma breve introdução. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (39). https://doi.org/10.22409/antropolitica2015.0i39.a41731
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