Os pescadores da Lagoa Feia e da Lagoa de Maricá: história, ambiente, memória social e conflitos em torno dos impactos de implementação das políticas públicas de saneamento no estado do Rio de Janeiro

Auteurs

  • Carlos Abraão Moura Valpassos Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Marco Antonio da Silva Mello Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA-UFF). Departamento de Antropologia (IFCS-UFRJ).

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2018.0i45.a41848

Mots-clés:

Antropologia da Pesca, Conhecimento Naturalístico, Sanitarismo, Políticas Públicas.

Résumé

Na primeira metade do século XX, iniciou-se no Brasil um movimento de preceitos higienistas, no qual se combinavam a medicina e a engenharia sanitária. Isso resultou na formulação de uma política pública direcionada ao saneamento do país, iniciada na década de 1930 e implementada, a partir da década de 1940, pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS). A Baixada Fluminense foi uma das principais áreas de atuação dessa política que se desdobrou nas ações de dragagens, entulhamento, retificação de rios e córregos, além da abertura sistemática de canais e barras oceânicas, procedimentos esses que provocaram consideráveis impactos nos diversos ecossistemas da região, entre os quais a bacia hidrográfica da Lagoa Feia e o sistema das lagunas de Maricá. O objetivo deste artigo é evidenciar o modo como tais intervenções, no âmbito das políticas públicas do saneamento da baixada litorânea fluminense, feitas pelo DNOS, contribuíram não apenas para afetar profundamente os ecossistemas costeiros, sua gestão e manejo tradicionais, mas, além disso, e sobretudo, para desestabilizar a economia da região, com consequências para as populações dos assentamentos de pescadores, tanto na Lagoa Feia quanto na Lagoa de Maricá.

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Bibliographies de l'auteur

Carlos Abraão Moura Valpassos, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF-Campos). Coordenador do Atelier de Etnografias e Narrativas Antropolíticas (Atena-UFF). Pesquisador do Laboratório de Etnografia Metropolitana (LeMetro/IFCS-UFRJ). Pesquisador do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC/UFF).

Marco Antonio da Silva Mello, Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA-UFF). Departamento de Antropologia (IFCS-UFRJ).

Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA-UFF). Professor do Departamento de Antropologia Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenador do Laboratório de Etnografia Metropolitana (LeMetro/IFCS-UFRJ). Pesquisador Sênior do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCTInEAC/UFF).

Publiée

2019-05-31

Numéro

Rubrique

Artigos