A múltipla Pequena África no Rio de Janeiro: perspectivas reflexas de negros e judeus

Auteurs

  • Daniel Bitter Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Simone Pondé Vassallo Universidade Federal Fluminense (UFF)

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2018.0i45.a42003

Mots-clés:

Pequena África, Movimento Negro, Judeus, Sociabilidade Carioca, Rio de Janeiro..

Résumé

Neste artigo, pretendemos pensar as dinâmicas de produção de narrativas e experiências contemporâneas acerca do território imaginário que veio a ser conhecido como a Pequena África, no Rio de Janeiro, tentando compreender como elas entrelaçam pessoas e lugares, muitas vezes de forma tensa e disputada. Partimos da perspectiva de Michel Agier, para quem a cidade é um significante vazio cujos múltiplos e possíveis sentidos são elaborados situacionalmente pelos atores sociais. Nesse sentido, entendemos que a Pequena África não possui uma definição rígida e pré-definida mas, ao contrário, é sempre aberta à pluralidade de significados e entendimentos atribuídos pelos diferentes indivíduos e grupos que dela se apropriam. Para tanto, iremos analisar algumas narrativas e práticas e seus principais protagonistas, a saber: as ações de Gracy Mary Moreira em torno das memórias de sua bisavó, Tia Ciata; a luta de lideranças negras da Comissão da Pequena África pela história de um cemitério de africanos escravizados; e as práticas de um grupo de músicos judeus denominado Rancho Praça Onze Klezmer Carioca, que procura recriar a memória da vida judaica na região.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Bibliographies de l'auteur

Daniel Bitter, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisador do Núcleo de Antropologia das Artes, Ritos e Sociabilidades Urbanas (NARUA-UFF Artes): imagens, narrativas e sonoridades e do Núcleo Antropologia da Memória: coleções, museus e patrimônios, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Publicou o livro A bandeira e a máscara: a circulação de objetos rituais nas folias de reis. Rio de Janeiro: 7 letras; CNFCP/Iphan, 2010.

Simone Pondé Vassallo, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Antropologia Social pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) de Paris. É professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora do Núcleo de Antropologia das Artes, Ritos e Sociabilidades Urbanas (NARUA-UFF Artes): imagens, narrativas e sonoridades. Atua nas áreas de patrimônio cultural e Antropologia urbana e desenvolve pesquisa sobre os processos de patrimonialização da cultura afro-brasileira na região portuária do Rio de Janeiro.

Publiée

2019-05-31

Numéro

Rubrique

Dossiê Temático