A orga nização da transgressão em espaços de pegação masculina: três breves relatos etnográficos

Auteurs

  • Verlan Valle Gaspar Neto

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2011.0i31.a42159

Mots-clés:

pegação, homoerotismo, organização da transgressão.

Résumé

A apropriação relativamente clandestina de espaços de uso público e coletivo por indivíduos do sexo masculino para a realização de encontros homoeróticos é reconhecida por seus praticantes como pegação. Por meio de três breves relatos etnográficos este artigo explora como esta forma de sociabilidade, longe de se constituir num emaranhado de ações e intenções desconexas, pode funcionar de acordo com princípios de ordenação dos espaços, das práticas e do comportamento de seus frequentadores (as “regras de etiqueta”), estabelecendo para cada uma dessas dimensões limites e alcances em função de recortes mais ou menos instituídos. Trata-se da organização da transgressão, perspectiva teórica desenvolvida por Georges Bataille (1980) quando de seu estudo sobre o erotismo, e que se mostrou útil para a compreensão dos mecanismos inerentes ao funcionamento da pegação em três espaços distintos: um banheiro público, uma sauna e um cinema pornô.

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Biographie de l'auteur

Verlan Valle Gaspar Neto

Mestre e doutorando pelo PPGA/UFF. Pesquisador colaborador do Museu de Arqueologia e Etnologia Americana da Universidade Federal de Juiz de Fora, MAEA/UFJF. Publicou “A cor dos ossos: narrativas científicas e apropriações culturais sobre Luzia, um crânio pré-histórico do Brasil” (MANA, v. 15) e “Biorrevelações: testes de ancestralidade genética em perspectiva antropológica comparada” (Horizontes Antropológicos, v. 17), ambos em parceria com Ricardo Ventura Santos (Museu Nacional/ UFRJ e ENSP/Fiocruz).

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