“Feitiços da rua”: os diferentes tempos dos ilegalismos e seus usos a partir da descrição de um “esquema” de transporte complementar no subúrbio carioca
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https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i53.a43301Mots-clés:
Ilegalismos, Transportes, Polícia, Milícia, EsquemasRésumé
As cidades por todo o mundo possuem diferentes tempos que são articulados na construção do seu cotidiano. Essa dialética entre velocidade e lentidão pode ser percebida por vários caminhos, entre eles a observação atenta dos seus modais de transporte. Eles permitem a operação de diferentes regimes de circulação de pessoas e mercadorias que não podem ser compreendidos, no caso do Rio de Janeiro, sem a contribuição das vans e kombis para o seu sistema de transporte. Esses modais complementares reproduzem ainda mais claramente a dialética entre velocidade e lentidão, sobretudo por um elemento que conforma uma diferença: a conjugação de uma série de ilegalismos na sua operacionalização. Neste sentido, o presente artigo objetiva compreender as táticas que possibilitam o enredamento de um “esquema” de transporte complementar no subúrbio carioca. Busco descrever a operação deste mercado encravado nas fronteiras do legal/extralegal como forma de pensar os usos sobre os diferentes tempos que conformam os ilegalismos. A etnografia toma partes da história de Daniel – um motorista de van que objetiva ser policial militar –como exercício que permite não só compreender esse mercado como também apreender alguns significados sobre os ilegalismos na lógica de um possível futuro policial num contexto de precariedade e violência. A estrutura narrativa se desenvolve por meio do acompanhamento de uma tarde na van de Daniel, quando fui designado como seu “cobrador” de passagens por algumas horas.
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