Alerta Santa Marta: Dispositivos de (Contra) Vigilância em Favelas no Rio de Janeiro

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i52.a48191

Mots-clés:

Etnografia digital, Métodos móveis, Processos de investigação, Violência urbana, WhatsApp

Résumé

O objetivo deste artigo é mapear usos, críticas e controvérsias em torno do que abordamos como dispositivos de (contra)vigilância em favelas no Rio de Janeiro. O termo (contra)vigilância sintetiza dinâmicas sociotécnicas articuladas a partir de dois eixos: dispositivos de vigilância institucionais, como câmeras e drones policiais, que implicam em reações sob formas comunitárias de contra-vigilância, como o intercâmbio de informações por meio de celulares. Sustentamos o seguinte argumento: para compreender as lógicas de ordenamento e controle percebidas em favelas no Rio de Janeiro após a “pacificação”, é necessário acompanhar as estratégias de investigação compulsórias que atravessam o cotidiano dos moradores. Concentramos as nossas atenções à iniciativa Alerta Santa Marta, um sistema integrado de três grupos de WhatsApp que reúne cerca de 700 moradores através de mensagens instantâneas em celulares. Descrições etnográficas sobre situações indeterminadas na favela Santa Marta ilustram como dispositivos de (contra)vigilância tornam possível perceber criticamente e produzir denúncias a partir de processos de investigação coletiva em torno de (i)mobilidades de corpos, objetos e informações nas “margens” urbanas.

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Bibliographies de l'auteur

Apoena Mano, Universidade de São Paulo

Doutorando em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Bacharel em Turismo pela Universidade Federal Fluminense com Pós-Graduação em Sociologia Urbana e Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Integrante do UrbanData-Brasil/CEM e dos grupos de pesquisa Mobilidades: Teorias, Temas e Métodos e Núcleo de Pesquisa Urbana.

Palloma Menezes, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora adjunta do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Coordenadora de pesquisa do Dicionário de Favelas Marielle Franco da Fundação Getulio Vargas. Doutora em Sociologia pelo Instituto de Estudo Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pelo Department of Social and Cultural Anthropology da Vrije Universiteit Amsterdam. Pós-doutora pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas.

Publiée

2021-08-04

Numéro

Rubrique

Dossiê Temático