Saúde mental, direitos humanos e reparação na justiça de transição brasileira: notas para uma genealogia do projeto Clínicas do Testemunho da Comissão de Anistia no Rio de Janeiro

Auteurs

  • Felipe Magaldi Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-1905-5365

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i2.a50509

Mots-clés:

Ditadura Militar, Saúde Mental, Justiça de Transição, Reparação

Résumé

Trata-se de um estudo sobre a participação do campo psi no desenvolvimento das políticas públicas de reparação referentes à violência cometida pelo Estado brasileiro durante o passado ditatorial (1964-1985). Para tanto, atenta-se às memórias e trajetórias de alguns dos principais atores sociais envolvidos na confluência entre o campo da saúde mental e dos direitos humanos, particularmente na genealogia do primeiro edital do projeto Clínicas do Testemunho da Comissão da Anistia (2013-2015), sobretudo no Rio de Janeiro. O esforço se concentra no período que compreende os meados dos anos 1990, marcado pela atuação dos movimentos sociais e pela gênese das políticas de reparação, até a primeira metade da década de 2010, no bojo da recepção das normativas globais da chamada “justiça de transição”. Para tanto, são acionadas entrevistas, estudo de material documental e revisão bibliográfica. O estudo defende que a noção de reparação psíquica emergiu como efeito e instrumento das disputas pelos sentidos e alcances do Estado, bem como das controvérsias sobre a acepção administrativo-financeira da reparação.

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Biographie de l'auteur

Felipe Magaldi, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutorando em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutor em Antropologia Social pela mesma instituição.

Publiée

2022-08-01

Numéro

Rubrique

Dossiê Temático