Uma Brecha Crítica na “Cidade Garantida”? Espaços Intermediários e Arquiteturas de Uso

Auteurs

  • Marc Breviglieri Haute École Spécialisée de Suisse Occidentale, Haute École de Travail Social
  • Yolanda Gaffrée Ribeiro Programa de Pós-graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0001-7205-8410

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i52.a51079

Mots-clés:

Espaço urbano, A cidade garantida, Arquiteturas de uso, Sociologia pragmática

Résumé

Este texto consiste na análise de uma dinâmica subterrânea de resistência. Essa dinâmica não surge como uma máxima agressiva, mas sugere a afirmação de uma alternativa àquela que o urbanismo tenta – atualmente em uma escala internacional – controlar, regular e orientar, apoiando-se sobre o princípio de uma cidade garantida, a mesma que gostaria de assegurar a qualidade de suas características, afirmando estar preocupada em compartilhar formas de avaliação. Essa cidade daria, assim, a garantia do que se considera “geralmente” uma circulação fluida, uma qualidade patrimonial, uma boa variedade de comércios, serviços eficazes, um grau de rentabilidade satisfatório aos investimentos etc. Ao oferecer ao citadino um espaço de escolha, essas propriedades da cidade garantida contribuem para o empoderamento (empowerment) do indivíduo, destinado a encontrar os meios de reforçar suas capacidades de autodeterminação. No entanto, a formatação de um espaço referencial e informacional que sustenta a construção da cidade garantida, tende a lhe retirar algumas de suas qualidades sensíveis. A metrópole contemporânea altera, neutraliza e esteriliza os ambientes mais desqualificados, os menos traduzíveis, o gênero daqueles que poderiam dar às cidades uma profundidade perturbadora, tonalidades afetivas cambiantes e oportunidades do desvio sem referenciais.

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Bibliographies de l'auteur

Marc Breviglieri, Haute École Spécialisée de Suisse Occidentale, Haute École de Travail Social

Professor da Haute École Spécialisée de Suisse Occidentale (Haute École de Travail Social) e pesquisador do Centre de Recherche sur L’Espace Sonore et l’environnement urbain, École Nationale Supérieure D’Architecture de Grenoble. Doutor em Sociologia pela École des hautes études en sciences sociales.

Yolanda Gaffrée Ribeiro, Programa de Pós-graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Antropologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, com período de estágio doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales. Pós-Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense. Pesquisadora do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisa e do Instituto Nacional de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos.

Publiée

2021-08-04

Numéro

Rubrique

Trajetórias e Perspectivas