O passado sombreia o presente: o indigenismo autoritário na 8ª Assembleia de Chefes Indígenas de 1977 e suas permanências

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i2.a53256

Mots-clés:

Indígenas, Ditadura militar, Assembleias indígenas, Autoritarismo

Résumé

Em 1977, realizou-se, em Ijuí (RS), a 8ª Assembleia de Chefes Indígenas, um importante acontecimento do Movimento Indígena no Brasil (MIB), que organiza e sistematiza suas ações exatamente durante a ditadura militar (1964-1985). A ata dessa assembleia, publicada no Boletim Informativo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 1977, evidencia as inquietações e temores, além de muita coragem e resistência, de lideranças indígenas que expunham impactos das ações do regime sobre suas comunidades e territórios. O objetivo central deste artigo é analisar as práticas autoritárias inerentes a esse período, especialmente em relação à movimentação indígena na luta por direitos e reconhecimento no ano de 1977. A pergunta que norteia a discussão e a análise é a seguinte: em que medida as lideranças indígenas apreenderam os impactos do autoritarismo sobre suas comunidades e como reagiram? Como objetivo secundário, mas não menos importante, intentou-se demonstrar, também como o resultado de toda a análise documental e reflexão bibliográfica realizada, o sombreamento autoritário do passado no indigenismo praticado pelo atual governo (2019-2022), através de dados extraídos da imprensa, da grande mídia àquela mais engajada com a causa indígena.

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Biographie de l'auteur

Poliene Soares dos Santos Bicalho, Universidade Estadual de Goiás

Professora titular na graduação em História e no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Interdisciplinar em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado da Universidade Estadual de Goiás. Doutora em História Social pela Universidade de Brasília.

Publiée

2022-08-01

Numéro

Rubrique

Dossiê Temático