“Me conte a historinha”: controvérsias em torno da produção de justiça

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i2.a48658

Palavras-chave:

Lei Maria da Penha, Produção de justiça

Resumo

O objetivo principal deste trabalho é descrever a produção da justiça a partir da Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, por meio de uma pesquisa de campo realizada no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (JVDFM), em uma cidade do estado de Santa Catarina. A partir da descrição das chamadas audiências de instrução e julgamento, foi possível perceber que havia um “duplo devir” originado do cruzamento entre distintos significados atribuídos à questão do Promotor de Justiça (“me conte a historinha”), ou seja, havia nessas audiências uma controvérsia explicitada por meio da busca pela verdade (devir-verdade) e a busca pela justiça (devir-justiça). Juntas, essas buscas apontavam para a constituição de agenciamentos que, por um lado, pareciam paradoxais, mas, por outro lado, demonstravam possíveis pontos de tangência. Salienta-se que este trabalho não pretende esgotar a matéria, mas elucidar um panorama social vigente a fim de incentivar a reflexão sobre o tema.

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Biografia do Autor

  • Ísis de Jesus Garcia, Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina

    Advogada. Professora da Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina. Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina

Publicado

2022-08-01

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

“Me conte a historinha”: controvérsias em torno da produção de justiça. (2022). Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 54(2). https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i2.a48658