Capturas do sentir: dispositivos acerca da sensibilidade animal entre a Ciência e o Direito
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i46.a41944Palavras-chave:
Bem Comum, Direitos dos Animais, Senciência, Tecnologias de Governo.Resumo
Partindo da recepção e divulgação do Manifesto de Cambridge, discuto a multiplicidade de atuações (MOL, 2007) das noções de senciência, sensibilidade e consciência a partir da alocação do dispositivo no código civil francês “em nome da sensibilidade dos animais”. Em seguida, discuto as noções de “bem comum”, “responsabilidade” e “felicidade” utilizadas por certos agentes em seus discursos a respeito da senciência e da sensibilidade. Nestas formas de produzir moralmente o mundo (FASSIN, 2012) identifico a promoção de novos imperativos morais ancorados em discursos emotivos sobre a apercepção transespécie da capacidade de sentir. Trata-se, assim, de um esforço interpretativo que objetiva tensionar as questões trazidas por meio de uma interseção dos debates da antropologia moral e antropologia das emoções para a discussão do campo das relações humano-animal e dos estudos em ciência e tecnologia.
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