Os antropólogos e a identificação de terras quilombolas no Brasil (1997-2015)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i47.a41985

Palavras-chave:

Antropologia, Estado, Comunidades Remanescentes de Quilombos.

Resumo

Este artigo tem como tema as práticas e relações entre a antropologia brasileira e a identificação das terras das comunidades remanescentes de quilombos. O direito coletivo a terra para as comunidades negras rurais e urbanas de nosso país não foi baseado num acúmulo de estudos antropológicos sobre essa população, como no caso colombiano. Foi o imaginário sobre o que teriam sido os quilombos que alcançou o estatuto de tema constitucional em 1988. Desse modo, o problema de identificação desses grupos se configurou num campo específico de atuação que envolve uma gama diversificada de mediadores, dentre eles os antropólogos que entre os anos de 1997 e 2015 produziram 209 relatórios de identificação de territórios quilombolas. Diante da inexistência de um balanço sobre esses trabalhos, buscamos preencher essa lacuna a partir da análise de uma amostra desse universo com ênfase nas estratégias de construção de autoridade etnográfica, na política de citações e na narrativa implícita que estruturam os relatórios em questão.

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Biografia Autor

Ana Paula Comin de Carvalho, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professora associada da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Professora permanente dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRB e de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bolsista de Pós-Doutorado no PPGA/UFF.

Publicado

2020-01-27

Como Citar

Carvalho, A. P. C. de. (2020). Os antropólogos e a identificação de terras quilombolas no Brasil (1997-2015). Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (47). https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i47.a41985

Edição

Secção

Dossiê Temático