“Esquadrão da Morte”, “Grupos de Extermínio” e os Movimentos Sociais: Mudanças em uma Categoria da “Violência Urbana"
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i52.a43290Palavras-chave:
Representações coletivas, Conflitos urbanos, Acumulação social da violênciaResumo
Este trabalho tem por objeto as categorias de “Esquadrão da Morte” e “grupos de extermínio” enquanto pertencentes à representação coletiva de violência urbana no Rio de Janeiro. Questiona-se sobre como uma se transformou na outra e qual foi o papel dos movimentos sociais nesse processo. Na primeira parte, apresenta-se a categoria de “Esquadrão da Morte”. Na segunda, com referência na Teoria da Política Contenciosa, de Charles Tilly e Siney Tarrow, bem como no conceito de grupos estratégicos, de Olivier de Sardan, apresenta-se a agência em rede dos movimentos sociais na redefinição da categoria. Na terceira parte, através da análise de correlação e regressão, testamos se essa política contenciosa foi eficaz em disseminar a mundança. Conclui-se com uma breve síntese, na qual se recorre ao conceito de linhas de clivagem, de Gluckman. A tese é a de que a política contenciosa de movimentos sociais modificou a representação coletiva de “Esquadrão da Morte” em “grupos de extermínio”, denunciando-a frente à sociedade e contribuindo para redefinição da Lei de Crimes Hediondos (1994).
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