“Somos civilizados, não precisamos da polícia”: a justiça popular no Haiti Central

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.i50.a43299

Palavras-chave:

Haiti (Plateau Central), República Dominicana, Fronteira, Vizinhança, Contrabando, Linchamento

Resumo

Baseado em pesquisa etnográfica de longa duração realizada numa vizinhança rural fronteiriça, o artigo argumenta que no Haiti rural contemporâneo existem tanto entendimentos culturalmente específicos de legitimidade e de soberania quanto dispositivos securitários independentes do Estado, inclusive para punição a infratores. As vizinhanças são capazes de exercer certo grau de controle sobre a circulação de pessoas e de mercadorias, mesmo quando agem contra o Estado (como no caso do contrabando), que em muitas instâncias não possui capacidade logística para lhes fazer frente e impor seus desígnios. As vizinhanças são moralmente pautadas por um senso de justiça que opera em grande medida à margem do ordenamento jurídico, cuja máxima expressão é o linchamento de ladrões.

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Biografia Autor

Felipe Evangelista, Instituto Brasileiro de Museus

Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília. Técnico em Assuntos Culturais - Antropologia, do Instituto Brasileiro de Museus.

Publicado

2020-12-22

Como Citar

Evangelista, F. (2020). “Somos civilizados, não precisamos da polícia”: a justiça popular no Haiti Central. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (50). https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.i50.a43299

Edição

Secção

Dossiê Temático