Entre os riscos nos muros e os riscos da lei: reflexões sobre graffiti, pixação e empreendedores morais em São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i1.a46415

Palavras-chave:

Graffiti, Pixação, Cidade, Gestão Urbana

Resumo

A quais interesses correspondem as jornadas de prefeitos que visam a coibir e punir as intervenções visuais urbanas? As reflexões deste artigo apontam algumas direções para responder a esta indagação. A partir de uma abordagem etnográfica e da análise de situações ocorridas entre os anos de 2016 e 2017, descrevo e analiso as operações e articulações de um prefeito para instituir um novo programa antipichação na cidade de São Paulo, cujo objetivo era aumentar as punições aplicadas àquelas e àqueles pegos em flagrante pintando na rua. A partir da análise deste caso, procuro mostrar como este tipo de esforço mobiliza estas práticas, especialmente o graffiti e a pixação, para expressar, pelo contraste, um certo paradigma de ordenação social e urbana. Argumento, ainda, que este tipo de empreendimento moral integra um conjunto mais amplo e diverso de artefatos de gestão urbana que visa não somente a manutenção de um certo estado das edificações e superfícies, como também determinar maneiras de ser e estar na cidade.

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Biografia Autor

Gabriela Leal, Universidade Nova de Lisboa

Doutoranda em Estudos Urbanos no Instituto Universitário de Lisboa e no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa e pesquisadora integrada ao Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa.

Publicado

2022-04-01

Como Citar

Leal, G. (2022). Entre os riscos nos muros e os riscos da lei: reflexões sobre graffiti, pixação e empreendedores morais em São Paulo. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 54(1). https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i1.a46415

Edição

Secção

Artigos