Política de formação de doutores no exterior e legitimidade da elite acadêmica no Brasil contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i53.a49785Palavras-chave:
Antropologia das Elites, Elite acadêmica, Estado brasileiro, Mobilidade acadêmica, CosmopolitismoResumo
O presente trabalho tem como objetivo investigar a conformação de uma elite específica no Brasil – doutores com formação internacional – frente ao cenário contemporâneo de redução de investimento público nas universidades e centros de pesquisa no país. O projeto de fazer parte de um seleto grupo de brasileiros que circula pelas principais universidades do mundo, fazendo pesquisa em grandes laboratórios com reconhecidos pesquisadores, tem sido confrontado com a pouca capacidade interna de integração destes pesquisadores após anos no exterior. A partir de uma pesquisa em desenvolvimento com pesquisadores que receberam bolsas de uma agência de fomento brasileira para realizar doutorado no exterior, parte-se da hipótese de que a elite acadêmica tem enfrentado dificuldades na construção de sua legitimidade, apesar do papel histórico que desempenhou na consolidação do Estado brasileiro. A despeito do prestígio que envolve tal tipo de mobilidade internacional, bem como a escala do investimento efetuado – tanto no que se refere aos recursos públicos quanto aos investimentos profissionais, emocionais e afetivos – estes pesquisadores indicam encontrar, em seu retorno ao Brasil, dificuldades de reinserção profissional e condições pouco favoráveis ao desenvolvimento de suas pesquisas. Compreendendo melhor este segmento específico dos acadêmicos brasileiros, pretende-se contribuir com o debate sobre as condições atuais da carreira científica no Brasil.
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Direitos de Autor (c) 2021 Leonardo Francisco de Azevedo (UFJF), Rogéria Campos de Almeida Dutra (UFJF)
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