A praça contra as urnas: o protesto bolsonarista contra a eleição presidencial de 2022 no Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2024.v56.i2.a63005

Palavras-chave:

Brasil, Ocupação, Tempo; Atmosfera; Política; Extrema direita, Eleição, Militares.

Resumo

Este artigo analisa a ocupação da praça Duque de Caxias no Rio de Janeiro depois da segunda volta das eleições presidenciais brasileiras de 2022. Esta mobilização reuniu eleitores radicais bolsonaristas e activistas que apelavam ao exército para desfazer o resultado das eleições e restaurar o Presidente derrotado, Jair Bolsonaro. O estudo dessa ocupação permite comprender a dinâmica da ação colectiva nas franjas radicais do Bolsonarismo. Ao mesmo tempo que recorrem a um repertório de ação não violento, nomeadamente a ocupação de uma praça, os participantes importam as concepções e lógicas de ação dos círculos militares. A dualidade desta mobilização permite compreender de forma mais geral uma dimensão central do bolsonarismo, a mobilização das regras da democracia e do Estado de direito para desqualificar os seus fundamentos e procedimentos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Marie-Hélène Sa Vilas Boas, University of Côte d’Azur

Lecturer at the University of Côte d’Azur. PHD in Political Science from the Political Studies Institute of Aix-en-Provence.

Publicado

2024-07-01

Como Citar

Vilas Boas, M.-H. S. . (2024). A praça contra as urnas: o protesto bolsonarista contra a eleição presidencial de 2022 no Rio de Janeiro. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 56(2). https://doi.org/10.22409/antropolitica2024.v56.i2.a63005

Edição

Secção

Trajetórias e Perspectivas