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Multiletramentos, novos gêneros, linguagens digitais, Inteligência Artificial: enfrentamentos teóricos e práticos.
v. 35 n. 69 - dez. 2024
O conceito de letramento ganha corpo, no Brasil, a partir dos anos de 1980, alertando para a necessidade de ampliação das noções de leitura e da escrita até então concebidas como “mera aquisição da ‘tecnologia’ do ler e do escrever” (Soares, 2009, p. 18). Com isso, educadores e pesquisadores passam a se ocupar das múltiplas práticas socias e semióticas em que são
inseridos os sujeitos leitores. As tecnologias digitais, com seus suportes e modos de circulação de textos e imagens, exigem uma ampliação do conceito que passa a abarcar, por meio dos multiletramentos, práticas de leitura que recorrem cada vez mais a veículos digitais e cruzamentos entre linguagens. O dossiê parte dessa ampliação e acolhe contribuições, ancoradas em diferentes teorias do texto e do discurso que se proponham a oferecer discussão teórica e proposições práticas sobre multiletramentos, gêneros emergentes, relações entre linguagens e suportes, inteligência artificial e modelos largos de linguagem (large language models). A proposta enfatiza trabalhos preocupados em compreender e enfrentar os desafios impostos por tais fenômenos contemporâneos às práticas de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa e Línguas Estrangeiras e suas literaturas, incluindo processos de leitura, interpretação e produção de textos multimodais.
Organizadores:
Cíntia Regina Lacerda Rabello (UFF)
Silvia Maria de Sousa (UFF)
Joel Austin Windle (University of South Australia)