Poeta das "Minas"e do luar: Alphonsus de Guimaraens na poesia de Carlos Drummond de Andrade e de Murilo Mendes
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v31i61.44163Palavras-chave:
Carlos Drummond de Andrade. Murilo Mendes. Alphonsus de Guimaraens. Poesia de Minas. Fantasmas.Resumo
O poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens foi diversas vezes celebrado pelos escritores modernistas, como Mário de Andrade e Manuel Bandeira, como representante do patrimônio cultural brasileiro, conforme também o eram, para eles, a arte e a arquitetura das cidades históricas mineiras. Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes, dois dos mais importantes modernistas de Minas, estenderam essa celebração em seus versos, associando a imagem e a obra do poeta oitocentista ao universo simbólico de Minas. Do alto da modernidade, em afirmação na cultura e na literatura brasileiras, Drummond e Murilo voltam o olhar para o poeta do passado, à sua figura oclusa entre as ‘minas” de Ouro Preto e Mariana e à sua poesia melódica e quimérica, e as reinserem no contexto pouco contemplativo do século XX. Este trabalho objetiva elaborar uma leitura crítica dos poemas: ‘Luar para Alphonsus”, de Versiprosa, ‘A visita”, de A paixão medida, e ‘Em memória de Alphonsus de Guimaraens”, Amar se aprende amando, de Carlos Drummond, e do poema ‘Contemplação de Alphonsus”, de Contemplação de Ouro Preto, de Murilo Mendes, observando como a imagem do poeta simbolista se faz presente nos versos desses poetas mineiros do século XX e como ela insere novos signos e sentidos à poética dos dois autores e à existência no mundo moderno.
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