“A legião dos rejeitados”: trabalhadores migrantes retidos e marginalizados pela política de mão-de-obra em Montes Claros /MG, na década de 1930

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Resumo

 

Analisar as contradições e limites da política de mão-de-obra do Estado Brasileiro a partir da década de 1930 é o objetivo da presente pesquisa. E os sujeitos que ocupam o centro dessa discussão são os trabalhadores migrantes, sobretudo os nordestinos que estavam a caminho do Estado de São Paulo, atraídos pela política migratória do governo nesse período. A cidade de Montes Claros localizadas no Norte do Estado de Minas Gerais também tem um papel de destaque nesse estudo. Justamente pelo fato de ser nessa localidade que era sediado o serviço de triagem dos migrantes, onde eles eram avaliados e aprovados ou não para seguirem viagem. A reprovação e retenção desses sujeitos na cidade evidenciam como a mencionada política excluía e marginalizava os trabalhadores desse período, além do seu caráter autoritário.

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Biografia do Autor

Pedro Jardel Fonseca Pereira, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestre em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Pesquisador do Grupo de pesquisa Fronteiras do Sertão do Núcleo de História e Cultura Regional (NUHICRE) – Unimontes. Historiador associado da Associação Nacional de História – ANPUH. Atualmente matriculado disciplina isolada no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social - PPGDS Unimontes. 

  

Referências

Referências Bibliográficas e fonte

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Publicado

2021-01-25

Como Citar

Fonseca Pereira, P. J. (2021). “A legião dos rejeitados”: trabalhadores migrantes retidos e marginalizados pela política de mão-de-obra em Montes Claros /MG, na década de 1930. Revista Cantareira, (34). Recuperado de https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/44211

Edição

Seção

Dossiê Temático