Localizando a mulher escravizada nos Mundos do Trabalho

Autores

  • Caroline Passarini Sousa Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo (USP) https://orcid.org/0000-0002-8843-1918
  • Giovana Puppin Tardivo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo (USP)
  • Marina Camilo Haack Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

Escravidão, Gênero, Trabalho

Resumo

Este artigo tem como objetivo debater as especificidades que o gênero dava à escravidão, com enfoque para a experiência das mulheres. Privilegiamos a análise em relação ao Brasil, observando, também, os debates transnacionais de sociedades escravistas nas Américas. Por meio de um diálogo com as últimas críticas feitas em relação a falta da perspectiva de gênero nos estudos da História Social da Escravidão e do Trabalho, nos propomos olhar para estas mulheres como trabalhadoras que tiveram sua experiência marcadas pelo gênero, raça e condição jurídica. Priorizamos o debate sobre duas formas de exploração ligadas a condição feminina em cativeiro: o trabalho reprodutivo e produtivo. Este último diz respeito a produção de riqueza para senhores(as) por meio da exploração de força de trabalho; já o reprodutivo está ligado a manutenção do sistema escravista, por meio do princípio do partus sequitur ventrem. Ou seja, seus ventres foram “responsáveis” pela manutenção e desmonte da escravidão. Mulheres escravizadas viveram formas de violência e opressão específicas de seu gênero, contudo, não deixaram de lutar contra a exploração de seus corpos, filhos e família.


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Biografia do Autor

Caroline Passarini Sousa, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo (USP)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, bolsista FAPESP

Giovana Puppin Tardivo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo (USP)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, bolsista CAPES

Marina Camilo Haack, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo (USP)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

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Publicado

2021-01-25

Como Citar

Sousa, C. P., Tardivo, G. P., & Haack, M. C. (2021). Localizando a mulher escravizada nos Mundos do Trabalho. Revista Cantareira, (34). Recuperado de https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/44322

Edição

Seção

Dossiê Temático