Localizando a mulher escravizada nos Mundos do Trabalho
Palavras-chave:
Escravidão, Gênero, TrabalhoResumo
Este artigo tem como objetivo debater as especificidades que o gênero dava à escravidão, com enfoque para a experiência das mulheres. Privilegiamos a análise em relação ao Brasil, observando, também, os debates transnacionais de sociedades escravistas nas Américas. Por meio de um diálogo com as últimas críticas feitas em relação a falta da perspectiva de gênero nos estudos da História Social da Escravidão e do Trabalho, nos propomos olhar para estas mulheres como trabalhadoras que tiveram sua experiência marcadas pelo gênero, raça e condição jurídica. Priorizamos o debate sobre duas formas de exploração ligadas a condição feminina em cativeiro: o trabalho reprodutivo e produtivo. Este último diz respeito a produção de riqueza para senhores(as) por meio da exploração de força de trabalho; já o reprodutivo está ligado a manutenção do sistema escravista, por meio do princípio do partus sequitur ventrem. Ou seja, seus ventres foram “responsáveis” pela manutenção e desmonte da escravidão. Mulheres escravizadas viveram formas de violência e opressão específicas de seu gênero, contudo, não deixaram de lutar contra a exploração de seus corpos, filhos e família.
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