A Quina (Cinchona) e o Império Português: explorações, transferências e aclimatações em uma perspectiva de imperialismo ecológico no século XIX.
Palabras clave:
Quina (Cinchona), Império Português, Imperialismo EcológicoResumen
A partir de um conjunto variado de documentos buscamos evidenciar neste artigo a participação do Império Português nos projetos de exploração, transferências e aclimatações da árvore medicinal denominada Quina (Cinchona). Os projetos de exploração envolveram a América Portuguesa e os de transferências e aclimatações foram direcionados para as demais colônias em outros continentes, sobretudo a África. Seguindo o conceito de imperialismo ecológico apontamos em um primeiro momento para o incentivo à descoberta da árvore no Brasil, que integrava o objetivo de tornar Portugal independente do monopólio espanhol, em fins do século XVIII e início do XIX; em outra frente de investigação abordamos os modos, ainda que preliminares, pelos quais o Império Português buscou seguir os passos de outras nações europeias no que dizia respeito aos projetos de transferência e aclimatação da Quina para outras possessões coloniais. Empreendimentos que visavam facilitar a integração e fixação em novos territórios, haja vista ser a casca da Quina um recurso terapêutico importante para superar as barreiras impostas pelas doenças endêmicas nessas regiões tropicais.
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