Tensões sociais e criminalidade escrava em Diamantina-Minas Gerais (1871-1888)

Autores

Palavras-chave:

Escravidão, Crime, Processos-crime.

Resumo

O presente artigo consiste em analisar a criminalidade escrava em Diamantina, Minas Gerais, por meio de processos criminais com réus cativos durante o período de 1871 a 1888. O objetivo principal foi investigar os fatores que levaram escravos a cometerem atos criminalizados. Ao questionar se os crimes cometidos por escravos em Diamantina podem ser caracterizados apenas como atos contra a instituição escravista, constatou-se, que tais atos representaram também conflitos sociais estabelecidos entre o segmento subalterno e livre. A criminalidade, imbricada na escravidão, traz importantes perspectivas sobre as manifestações de descontentamento dos cativos com as situações do cotidiano que eles confrontavam ou que lhe eram impostas, mas que não se restringiam à relação de senhor e escravo. Assim, este estudo busca contribuir com a perspectiva que compreende a criminalidade escrava como uma das formas de manifestação de tensões sociais do cotidiano. Trata-se de perspectiva que supera a associação restrita entre criminalidade escrava e resistência à escravidão.

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Biografia do Autor

Larissa Chaves Pinto, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Bacharela Interdisciplinar em Humanidades (2017) e Licenciada em História (2020) pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG. Atualmente, é discente do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Rurais na mesma instituição de ensino e está se especializando em Artes e Tecnologia pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. Realiza pesquisas sobre escravidão no Brasil, com ênfase em criminalidade escrava em Diamantina-MG. Áreas de interesse: História do Brasil Imperial, História Regional, História Agrária, Direito Criminal e História da Arte. 

Edneila Rodrigues Chaves, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Edneila Rodrigues Chaves. Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense e com formação também em História em nível de mestrado (UFMG) e em nível de graduação (PUC-MG). Professora adjunta II, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), 2014-atual. Atuações nessa instituição: coordenadora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Rurais (2018-2020), docente do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Rurais (2016-atual), docente nos cursos de graduação em História e de curso Bacharelado em Humanidades (2014-atual); atuação em conselhos e comissões administrativas. É pesquisadora vinculada ao Laboratório de História Econômico-social (UFF/CNPq). Tem experiência em pesquisa e ensino na área de História e na área Interdisciplinar, com ênfase em História Contemporânea, Historiografia e Teoria da História, com pesquisas e estudos sobre regimes agrários, agricultura familiar; questão agrária, políticas públicas, sociedade regional, sociedade e política. 

Alan Faber do Nascimento, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Turismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003), mestrado em Ciências Sociais (ênfase em Sociologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" do campus de Rio Claro (2011), e pós-doutorado em Estudos do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais (2018). Atualmente, é Professor Associado I do curso de Turismo da UFVJM e do mestrado em Estudos Rurais da UFVJM. Tem produção científica nos seguintes temas: Sociologia e História do Turismo; Sociologia do Lazer; Comunidades Tradicionais. 

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Publicado

2023-01-29

Como Citar

Pinto, L. C., Chaves, E. R., & do Nascimento, A. F. (2023). Tensões sociais e criminalidade escrava em Diamantina-Minas Gerais (1871-1888). Revista Cantareira, (37). Recuperado de https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/46367