Competências digitais de crianças a partir de práticas no contexto parental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v42i2.57220

Palavras-chave:

Cultura Digital, Desenvolvimento Infantil, Competência digital, Tecnologia Digital, Teoria da prática

Resumo

O objetivo é descrever, a partir da aplicação da Teoria da Prática, as competências que as crianças, na primeira infância, desenvolvem ao interagir com as práticas digitais do cenário hipermidiático. Para isto, foram avaliados os contextos parentais de cinco famílias distintas. Como técnica para a coleta de dados, realizaram-se entrevistas e como ferramenta de pesquisa, desenvolveu-se um roteiro semiestruturado. A tecnologia faz parte do cotidiano infantil das crianças urbanas de família média, assim como de sua ludicidade e do brincar. Com isso, desde que bem instruído e orientado, o contato devidamente supervisionado das crianças com as tecnologias digitais, faz com que esses recursos possam ser fortes aliados no seu desenvolvimento. Entretanto, essa socialização da criança com o ecossistema digital exige muita responsabilidade dos seus tutores legais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wilton Rafael de Andrade Júnior, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Comunicação, pelo Programa em Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba - UFPB (2021). Especialista em Marketing e Inteligência de Mercado, pelo Centro Universitário Unifacisa (2021). Cursou Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, pelo Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos - CESREI (2013). Hodiernamente, faz parte do grupo Comunicação da Ciência no Terceiro Setor, atuando na linha de pesquisa: Comunicação, Práticas e Cultura do Consumidor. Fez parte do grupo de estudo Memoriam, desenvolvendo pesquisas sobre Identidade, Marcas, Discurso e Mídia (2013). Foi monitor na disciplina de Semiótica (2011). Atualmente, tem interesse por temáticas relacionadas à Comunicação e ao Marketing, tais como: Teoria da Prática; Gestão de Marcas; Cultura do Consumo; Comportamento do Consumidor; Narrativas Midiáticas; Hipermídia e estudos sobre as tecnologias digitais.

Diogo Lopes de Oliveira, Universidade Federal de Campina Grande e Universidade Federal da Paraíba

Sou professor de Comunicação Social da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) desde de junho de 2013, professor permanente da Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) a partir de abril de 2021 e Secretário Regional Paraíba da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a partir de junho de 2021. Entre março de 2019 e março de 2021 fui professor visitante do Departamento de Comunicação da Cornell University, em Ithaca, nos Estados Unidos.

Referências

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

BONI, Valdete; QUARESMA, Sílvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. EmTese, Vol. 2, nº (13), Janeiro-Julho/2005, p. 68-80.

BRAGA, José Luiz. A prática da pesquisa em Comunicação: abordagem metodológica como tomada de decisão. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.14, n.1, jan./abr. 2011, p. 1-33.

______. Circuitos versus campos sociais. In: MATTOS, Maria Ângela; JANOTTI JUNIOR, Jeder; JACKS, Nilda. (Orgs). Mediação & Midiatização. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 31-52.

______; CALAZANS, Regina; RABELO, Leon. et al. Matrizes Interacionais: a comunicação constrói a sociedade. Campina Grande: EDUEPB, 2017.

CASTRO, J. M.; REGATTIERI, M. (Orgs.). Interação escola família: subsídios para práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009.

COLLINS, R. Interaction Ritual Chains. New Jersey: Princeton University Press, 2004.

CRARY, Jonathan. Técnicas do Observador: Visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

HOLLOWAY, D. J.; GREEN, L.; STEVENSON, K. Digitods: Toddlers, Touch Screens and Autralian Family Life. M/C Journal, vol. 18, n. 5, 2015. https://doi.org/10.5204/mcj.1024

KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: O Novo Ritmo da Informação. Campinas: Papirus, 2007.

JONES, R. H.; CHIK, A. HAFNER, C. H. Introduction: discourse analytsis and digital practices. In: JONES, R. H.; CHIK, A. HAFNER, C. H. (Orgs.). Discourse and digital practices: doing discurse analysis in the digitalage. Nova Iorque: Routledge, 2015, p. 1-18.

LABIO-BERNAL, A. L.; ROMERO-DOMINGUEZ, L. R. R.; GARCÍA-ORTA, M. J. G. Proteção dos menores no contexto digital europeu: um diálogo necessário entre pais, academia, reguladores e indústria. Comunicação e Sociedade, vol. 37, p. 127-146, 2020. https://doi.org/10.17231/comsoc.37(2020).2162

LIVINGSTONE, S. Method Guide 1: a framework for researching Global Kids Online, understanding children’s well-being and rigths in the digital age. Londres: Global Kids Online, 2016.

______; BYRNE, J. Parenting in the digital age: the challengers of parental responsibility in comparative perspective. In: MASCHERONE, C.; PONTE, C.; JORGE, A. (Orgs.). Digital parenting: the challenges for families in the digital age. Goteborg: Nordicom, 2018, p. 19-30.

LLOYD. A. Framing information literacy as information pactice: site ontology and practice theory. Journal of Documentation, v. 66, n. 2, p. 245-258, 2010. https://bit.ly/3vrXhW1

MAY, T. Pesquisa Social. Porto Alegre: Artemed, 2004.

MENDES, D. C.; HASTENREITER FILHO, H. N.; TELLECHEA, J. A realidade do trabalho home office na atipicidade pandêmica. Revista Valore, ed. 5, p. 160-191, 2020. https://bit.ly/390KL72

NEUMANN, D. M. C.; MISSEL, R. J. Família digital: a influência da tecnologia nas relações entre pais e filhos adolescentes. Pensando Famílias, v. 23, n. 2, p. 75-91, dez. 2019. https://doi.org/10.1590/S1413-73722007000200005

PEREIRA, M. D. et al. A pandemia de COVID-19, o isolamento social, consequências na saúde mental e estratégias de enfrentamento: uma revisão integrativa. RSD – Research, Society e Development, v. 9, n. 7, 2020. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4548

PIAGET, J. Aprendizagem e conhecimento. In. PIAGET, J.; GRÉCO, P. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1974.

POSTOLACHE, E. Mediação parental do uso de tecnologias digitais por crianças com menos de dois anos em diversos contextos culturais. Dissertação (Mestrado) – Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Ciência da Comunicação, Estudos dos Media e de Jornalismo, Lisboa, 2018, p. 86.

SAMANTA, MI.; RUAS, MA.; QUEIROZ, PHB. O Impacto do Tempo de Tela no Crescimento e Desenvolvimento Infantil. Revista Saúde em Foco, n. 14, p. 169-179, 2021

SANTAELLA, Lucia. A ecologia pluralista da Comunicação: conectividade, mobilidade e ubiquidade. São Paulo: Paulus, 2010.

______. Comunicação Ubíqua: Repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.

______. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.

SCHATZKI, T. Introduction: practice theory. In: SCHATZCHI, Theodor; KNORR CETINA, K.; SAVIGNY, E. V. (Orgs.). The practice turn in contemporary theory. London: Routledge, 2001.

______. Materiality and Social Life. Nature and Cultare, v. 5, n. 2, p. 123-149, jun. 2010. https://doi.org/10.3167/nc.2010.050202

______. Practice theory as flat ontology. In: SPAARGREN, Gert; WEENINK, Don; LAMERS, Machiel (Orgs). Practice Theory and Research: Exploring the dynamics of social life. New York: Routledge, 2016, p. 28-42.

______. Social change in a material world. Nova Iorque: Routledge, 2019.

______. The sites of the social: a philosophical account of the constitution of social life and change. Pennsylvania: Pennsylvania State University, 2002.

______. The sites of organizations. Organization Studies, Vol. 26, nº (3), Março/2005, p. 465-484. https://doi.org/10.1177/0170840605050876

SHOVE, E.; PANTZAR, M.; WATSON, M. The dynamics of social practice: everyday life and how it changes. London and New York: Sage, 2012.

SODRÉ, M. Antropológica do Espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Vozes, 2002.

SUMMERS, P.; DESOLLAR, A.; LEATHERS, H. Toddlers on Technology: A Parents’ Guide. Illinois: AuthorHouse, 2013.

UNICEF. Children in a Digital World: the state of the world’s children. Nova Iorque: 2017.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

WEENINK, Don; SPAARGAREN, Gert. Emotional agency navigates a world of practices. In: SPAARGREN, Gert; WEENINK, Don; LAMERS, Machiel (Orgs). Practice Theory and Research: Exploring the dynamics of social life. New York: Routledge, 2016, p. 60-84.

Downloads

Publicado

2023-08-31